Dia 7 de novembro será lançado, pela editora francesa Éditions Albin Michel, o álbum Clic 4, de Milo Manara.

O primeiro número do Clic foi originalmente publicado em setembro de 1983, e rapidamente se tornou uma das referências dos quadrinhos eróticos da década de 1980, com mais de 200 mil exemplares vendidos em poucas semanas.

Hoje, a série acumula números que ultrapassam 1,2 milhões de álbuns vendidos em vários países. Em sua primeira aventura, Claudia Cristiani se deparava com os estranhos desejos do feioso Doutor Fez .

A série foi originalmente inspirada num episódio que ocorreu com o próprio autor. No começo da década de 1980, Manara foi contratado pela revista italiana Playmen (equivalente a uma Playboy), para a qual o então diretor da revista, Guido Crepax, pediu que ele desenhasse algumas ilustrações eróticas.

O autor mudou-se para Roma para fazer o serviço, e ficou impressionado com a feiúra de um jornalista que trabalhava para a revista. Um sujeito desajeitado, coberto de pústulas e de olhar vítreo. Era feio de dar medo, do tipo que faz as pessoas atravessarem a rua para o evitar.

O que impressionava Manara era o fato do sujeito estar sempre rodeado de beldades, que não conseguiam resistir ao seu charme. Foi daí que surgiu a idéia do Clic. Qual o segredo deste fulano para obter tanto sucesso com as garotas? Então, o autor imaginou um controle remoto escondido, que despertava o desejo nas mulheres.

A seqüência deste álbum de sucesso só saiu em 1991. Em Clic 2, a protagonista, Claudia Cristiani, se confronta com o estranho playboy Faust (que Manara desenha como se fosse uma versão do ator James Dean). A terceira parte chegou às livrarias em 1994.

Os dois primeiros volumes da série foram lançados no Brasil pela editora Martins Fontes, como parte da coleção Ópera Erótica. O terceiro saiu pela L&PM, num formato (21 x 16 cm) que não faz jus ao talento do mestre do quadrinho erótico mundial.

O Clic 4 ainda não tem previsão para sair no Brasil.