Com o lançamento da primeira edição de Batman - The Dark Knight Strikes Again #1, no dia 5 de dezembro, a DC Comics comemorou os feitos obtidos pela obra de Frank Miller. Foi a revista que mais vendeu em 2001 e, como se isso não bastasse, foi também a maior vendagem dos últimos cinco anos no mercado americano de quadrinhos e a edição que mais arrecadou. A tiragem inicial da DC foi de 175 mil exemplares.

Paul Levitz, vice-presidente executivo da editora, e a distribuidora Diamond confirmaram os dados, reacendendo o ânimo de todos na indústria de quadrinhos. Até mesmo de Joe Quesada, editor-chefe da Marvel, comemorou o feito.

As comic shops americanas, então, nem se fala. "Esta foi nossa melhor semana desde a morte do Super-Homem", comemorou um dono. Outras lojas chegaram a vender mais de 500 cópias em menos de seis horas. "DK2 vendeu mais em 3 dias do que a nossa revista mais vendida faz em um mês", compara outro.

O resultado acabou superando as expectativas de todos. "DK2 está trazendo os leitores de volta", analisou o dono de uma loja. "Superou as minhas expectativas de vendas. Eu sabia que muita gente ia querer, mas acabei encontrando leitores antigos por aqui".

"Super-Homem e Batman se mantêm como mitos americanos. Mas muitos não se dão conta o quão rico é o panteão de heróis da DC. Esses personagens têm mágica dentro de si, e compartilham sua fantasia com jovens e adultos", disse Frank Miller.

"Todos que me conhecem vão dizer que eu não paro de falar disso. É absolutamente prazeroso trazer uma visão renovada deles. Essa é uma grande e complexa história, um olhar assustador sobre qual o tipo de mundo precisaria desses heróis. O que poderia ser feito a eles e o que eles fariam", enfatiza o autor.

Desde que o projeto foi anunciado, há quase dois anos, Miller sempre tentou deixar claro que seu objetivo era resgatar a mitologia que envolve os personagens da editora. A maioria dos primeiros reviews elogia a nova minissérie, alguns chegando a nivelar a obra com o clássico Cavaleiro das Trevas.

Seria esta a nova revolução no mercado? Se depender de Paul Levitz, sim. "É raro que um escritor possa manter seu público durante 15 anos, mas Frank faz isso. DK2 valeu a espera. Seu talento e arte amadureceram, e estamos maravilhados com a maneira que o seu Batman se parece agora".

"Estamos arrepiados com a resposta de fãs e lojistas. Faremos tudo o que for possível para que a revista chegue nas mãos de todos que a querem", assegurou Levitz.

A Editora Abril pretende lançar a minissérie no Brasil em fevereiro de 2002.