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A história do humor gráfico brasileiro, num livro espanhol

27 janeiro 2006

Historia del Humor Grafico en Brasil A
história do humor gráfico brasileiro acaba de ganhar um livro... em espanhol!
Sim, você não leu errado. O cartunista pernambucano Lailson Cavalcanti
escreveu a obra, intitulada Historia del Humor Grafico en Brasil
(formato 17,3x24 cm, 334 páginas, 13 euros, à venda neste
link
), é o quinto volume da Colección Historia del Humor Gráfico,
editada pela Editorial Milenio com a colaboração da Universidad
de Alcalá de Henares
.

O prefácio é do também cartunista Zélio Alves Pinto.

Esta coleção faz o levantamento deste gênero da expressão gráfica e plástica situado entre a arte e o jornalismo, nos países ibero-americanos. Além do Brasil, já foram publicados os livros sobre o México (por Alejandro Perez Basurto), Portugal (Osvaldo Macedo de Sousa), Espanha (Luís Conde Marín), Venezuela (Ildemaro Torres). E em breve a série deverá ganhar os acréscimos de Peru e Equador; Colômbia; Cuba; Argentina; El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua; Porto Rico, Panamá, República Dominicana e Costa Rica; Uruguai; Bolívia e Paraguai; Latinos nos Estados Unidos; e países não-hispano/portugueses na América.

Segundo Lailson, o livro começa com as primeiras imagens e gravuras humorísticas européias que incluem o Brasil como tema, fazendo também uma análise (voltada para o leitor estrangeiro) sobre o que caracterizaria o senso de humor brasileiro de uma maneira geral.

Depois, discorre sobre o que considera ser a primeira charge publicada no Brasil - O Carcundão, de 1831, satirizando os "corcundas" do Partido Restaurador que eram apoiados pela Sociedade Colunas do Trono -; os primórdios da imprensa humorística na Corte Imperial (há um capítulo sobre o humor nas províncias de São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul); os três grandes mestres da época: Angelo Agostini, Rafael Bordalo Pinheiro e Luis Borgomainerio.

Em seguida, vem o humor na Primeira República, nos tempos de revoluções e guerras, a breve democracia que vai até meados dos anos 60, na ditadura militar de 1964 (com destaque para o Pasquim e o Salão de Piracicaba) e um tour de Norte a Sul do País, levantando os cartunistas e publicações mais importantes em cada estado.

O último capítulo faz uma análise das possibilidades do humor gráfico neste princípio de século.

Agora, fica a torcida para que alguma editora brasileira se interesse em lançar este livro em nossas terras. Num segmento com tão poucas referências bibliográficas, seria uma excelente pedida, sem dúvida.

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