Acionistas da Stan Lee Media querem 750 milhões da Marvel, Stan Lee e outros
A
antiga firma de Stan Lee, a Stan Lee Media, voltou a
criar problemas para a Marvel
e ao próprio Stan Lee.
Os acionistas da Stan Lee Media querem receber 750 milhões
de dólares referentes a ganhos com os filmes Homem-Aranha, X-Men
e Homem de Ferro. Por isso, estão processando Lee; sua
esposa Joan; a Marvel; o presidente da Marvel
Entertainment, Issac Perlmutter; Arthur Lieberman, um associado
de Stan Lee, e o fundador do Marvel Studios, Avi Arad.
O ponto-chave do processo gira em torno da afirmação duvidosa e não comprovada
de que Stan Lee teria transferido todos os seus direitos (ou seja, 50%)
sobre os personagens que ele criou na Marvel para a Stan
Lee Media, em 1998. Com isso, as pessoas e firmas citadas acima
teriam impedido os acionistas de receber o seu quinhão relativo à exploração
recente dos super-heróis da Marvel no cinema.
A
Stan Lee Media, por sua vez, já havia tentado tirar da
Marvel 5
bilhões de dólares, usando justamente o argumento de que a empresa
possuía 50% dos direitos dos personagens. A Marvel negou
o mérito desta afirmação, um fato confirmado pelos advogados de Lee em
2007, que negaram durante o processo que Stan Lee tenha transferido seus
direitos sobre os personagens.
Esta não é a primeira batalha de Lee com a companhia que leva o seu nome.
Stan Lee já havia processado a empresa por abusar na utilização de seu
nome e de sua imagem.
A Stan Lee Media foi criada em 1998, numa parceria entre
Lee e o advogado Peter F. Paul, para desenvolver entretenimento na internet.
A companhia chegou a ter aproximadamente 170 funcionários e implodiu em
2001, quando entrou em concordata.
Paul e o Stephan Gordon foram indiciados
por crimes envolvendo fraudes, incluindo a manipulação ilegal das
ações da empresa. Paul chegou a fugir
para São Paulo, no Brasil (sem dúvida uma inspiração hollywoodiana),
mas acabou extraditado de volta para os Estados Unidos.
A lista de confusões fraudulentas e criminosas de Peter Paul é longa e
começa na década de 1970. Ele também esteve envolvido num escândalo ligado
a donativos para a campanha de reeleição da senadora Hilary Clinton; numa
fraude contra o governo cubano de quase nove milhões de dólares relativos
à exportação de café; e de cruzar fronteiras usando falsa identidade (com
nome e os documentos de um homem morto).
Lee não esteve envolvido em nenhuma dessas atividades ilegais e não foi
indiciado nesses processos.