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A Infância do Brasil, de José Aguiar, ganha livro pela Avec

24 julho 2017

A Infância do Brasil (formato 21 x 28 cm, 96 páginas, R$ 49,90) é um lançamento da Avec Editora, que chega às principais livrarias brasileiras neste mês de julho.

A graphic novel, concebida pelo quadrinhista José Aguiar, lança um olhar sobre a História brasileira. Porém, não pela perspectiva de grandes eventos, mas pela das pessoas comuns – pelo viés da infância.

O autor narra vários momentos de nossa História, com ênfase nas contradições, abusos, descasos, abandonos e outras situações que insistem em não ficar para trás.

“Metaforicamente, acredito que o Brasil está deixando sua infância para trás”, afirma Aguiar. “Entender como tratamos nossas crianças reais, desde o início de nossa História oficial, é uma forma de sensibilizar nossos leitores sobre o que aprendemos, o que mudou e o que permanece em mais de cinco séculos”.

“Não trago respostas, mas o convite a questionamentos que, espero, sensibilizem as pessoas a ponto de refletirem o presente a partir do passado e assim, quem sabe, encontrarmos caminhos para um futuro realmente melhor”, explica.

A ideia da graphic novel surgiu junto com as preocupações do autor, enquanto pai. O próximo passo foi elaborar um projeto aprovado no edital do Mecenato Municipal de Curitiba que viabilizou a criação de uma webcomic lançada entre 2015 e 2016.

A Infância no Brasil também contou com a consultoria da historiadora Claudia Regina Moreira, para melhor retratar cada época em que se passam os capítulos. Ela também escreve textos complementares, contextualizado nossa sociedade desde o século 16 até o 21

O projeto teve cores de Joel de Souza – que já havia trabalhado com Aguiar em outra HQ, Folheteen.  Para o autor, a participação do colorista foi fundamental para dar a atmosfera exigida pela narrativa histórica.

A obra trata de um arco formado de pequenos personagens que atravessam quase seis séculos de abusos, sexismo, intolerância, preconceito e violência, não só física. O autor define o trabalho não como uma história de grandes feitos, batalhas, tratados, políticos ou soldados. Mas como “uma HQ sobre pessoas que poderiam ter realmente existido ou que podem estar hoje na sua esquina. Ou quem sabe, ser você”.

 

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