Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
OUÇA
Notícias

BATMAN # 64

14 agosto 2008

E HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">


















Universo HQ PEANUTS COMPLETO - 1950 a 1952 - DE R$ 68,00 POR R$ 54,40

Universo HQ no Twitter


Reviews de Quadrinhos

 

BATMAN # 64
Título: BATMAN # 64 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Viagem assassina - Paul Dini (roteiro) e Don Kramer (desenhos);

Alvos - Marv Wolfman (roteiro) e Dan Jurgens (desenhos);

Grotesko - John Ostrander (roteiro) e Tom Mandrake (desenhos);

Ventriloucura - Paul Dini (roteiro) e Don Kramer (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: Viagem assassina - O Coringa rapta Robin e o leva para um passeio de carro em que o jovem herói é obrigado a assistir às atrocidades cometidas pelo vilão. Sozinho, Robin precisa deter o Palhaço do Crime e ainda manter a sanidade depois de tudo.

Alvos - A conclusão da aventura de Asa Noturna envolvendo o misterioso Predador. À beira da morte, Dick Grayson descobre a verdade por trás dos assassinatos envolvendo um projeto roubado de uma filial da Lexcorp.

Grotesko - O vilão armou uma armadilha para os criminosos que perseguiam sua irmã e deseja matar todos eles. Batman surge para impedir a vingança e resolver o caso da morte de Wayne Franklin.

Ventriloucura - O boneco mafioso Scarface está de volta a Gotham. Mas com o antigo ventríloquo morto, alguém desconhecido está por trás desse retorno.

Disfarçado, Batman vai até uma reunião de criminosos promovida por Scarface e descobre que o novo Ventríloquo é uma jovem sedutora e mortal.

Positivo/Negativo: A qualidade da revista continua baixa, depois de poucos meses empolgantes com roteiros de Grant Morrison e Paul Dini - nem as duas histórias deste último publicadas nesta edição são capazes de alavancar o universo do Morcego.

As duas aventuras curtas, saídas do título norte-americano Detective Comics, apesar de bem estruturadas, tornam-se menores em meio a tantas sagas que se arrastam por meses. Como também não são nada de fenomenal, especialmente por causa dos desenhos medíocres de Don Kramer, não são mais do que um pequeno prêmio de consolação pelas outras histórias, deixando uma sensação de descontentamento no final da leitura.

O retorno do Coringa tem toda cara de episódio dos desenhos animados do Batman, dos quais Dini foi roteirista e diretor. Funciona isoladamente, mas sua proposta de mostrar um encontro cara a cara de Robin com o pior inimigo do Morcego não convence. Assim, a experiência não deve ter efeito na vida do Menino-Prodígio em outros títulos.

Já com a apresentação da nova Ventríloqua, Dini segue a tendência de revitalizar os vilões de segundo escalão do Batman, como já foi feito com o Charada, o Pingüim e Hera Venenosa. Mais uma vez, a história é convincente, mas a nova personagem não demonstra carisma para sobreviver a longo prazo, especialmente se tiver que dividir espaço com a Mulher-Gato e Hera.

O arco de Asa Noturna terminou tão confuso quanto começou. Toda a trama por trás das mortes de cientistas ligados ao projeto da armadura do Predador fica para esta última parte, tirando toda a graça de se desvendar o mistério junto com o herói.

Por mais que o roteirista Marv Wolfman tenha enchido páginas com o raciocínio do Asa Noturna, no final tudo se resolve sem que ele nem chegue perto dos responsáveis.

Infelizmente, justo agora que a Panini decidiu publicar suas histórias, o personagem está em uma de suas piores fases. Até mesmo Wolfman, que transformou o ex-Robin em Asa Noturna no título dos Novos Titãs, nos anos 80, tem dificuldade para caracterizá-lo de forma interessante. Os recordatórios com os pensamentos de Dick são um amontoado de clichês dignos de super-heróis superficiais e sem o background que Asa Noturna possui.

Grotesko segue as mesmas regras de Asa Noturna. A trama termina exatamente como havia se anunciado na primeira parte, sem nenhuma reviravolta. O roteirista John Ostrander ainda deixa passar a oportunidade de desenvolver uma relação entre o vilão e o pai, que tentou matar sua irmã sob a mesma desculpa que ele usa.

Observando a revista como um todo, a impressão é de que a DC despeja títulos do Cavaleiro das Trevas torcendo para que um deles dê certo. Em vez de explorar aspectos diferentes do herói e do cenário que ele habita, cada uma delas oferece um confronto com um vilão diferente, mesmo ignorando reformulações recentes em alguns deles, esperando atrair a atenção do leitor.

Classificação:
- Diego Figueira, responsável pelo Pop Balões

 


Já são mais de 570 leitores e ouvintes que apoiam o Universo HQ! Entre neste time!
APOIAR AGORA