Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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Immortel é o terceiro filme de Enki Bilal

29 novembro 2004

O
Universo HQ já tinha anunciado o
filme
Immortel, de Enki Bilal, que começa a ganhar exibições
e resenhas fora da França.

Apesar de poucos brasileiros saberem da importância de Enki Bilal, nascido
em 1951 em Belgrado (ex-Iugoslávia), ele é um renomado autor de mais de
trinta álbuns de HQs, publicados originalmente na França, onde mora desde
1960, e que teve muitas de suas obras traduzidas no mundo inteiro, inclusive
no Brasil.

Bilal segue uma linha de ficção em suas obras, misturando destruição com
algumas pitadas de humor, mesmo nos momentos mais trágicos da história,
utilizando-se por vezes de cores frias para aumentar ainda mais o suspense.

O autor estabeleceu uma aclamada carreira nos quadrinhos, principalmente
na Europa. Seu primeiro álbum foi La croisière des Oubliés, publicado
em 1975. Entre suas principais obras estão a trilogia Nikopol, A Cidade
que nunca Existiu
e Exterminador 17, este último publicado
no Brasil pela Editora Globo.

Os outros títulos do autor lançados no Brasil são Feira dos Imortais
pela editora Meribérica, Os Imortais e A Mulher Enigma
pela Editora Martins Fontes.

Antes de Immortel, Bilal dirigiu dois filmes de baixo orçamento,
Bunker Palace Hôtel, em 1989 e Tykho Moon (confira
o cartaz
), em 1996, no qual ele também assina o roteiro. Tykho
Moon
chegou a passar em alguns cinemas brasileiros.

Para realizar Immortel, Bilal contou com a participação do escritor
francês de ficção científica Serge
Lehman
.

Immortel, um filme para adultos, é baseado em dois álbuns de quadrinhos
de Enki Bilal: La
Foire aux Immortels
e La
Femme Piège
, ambos da trilogia Nikopol publicada pela Les
Humanoïdes Associés
.

O filme se passa na Nova York de 2095, quando o deus egípcio Horus volta
a se ocupar de um mundo profano que ele criou, onde pululam mutantes e
seres criados pela bioengenharia. O personagem de Horus coube ao ator
Thomas Pollard, pouco identificável por conta dos efeitos do filme, feitos
em CGI. O elenco se completa com Linda Hardy, Thomas Kretschmann, Charlotte
Rampling, Frederic Pierrot, Yann Collette, Olivier Achard, Corinne Jaber,
Joe Sheridan (de Ligações Perigosas) e o veterano e premiado Jean-Louis
Trintignant, que já figurou em Bunker Palace Hôtel, de Bilal.

Mais que uma fábula, Immortel é um alerta, que indica que o mundo
da ciência tal como a conhecemos hoje pode levar a uma sociedade de castas
que dividem e esmagam o ser humano, tudo isso, com o convincente cenário
desenvolvido por Bilal. Como não podia faltar num filme dele, o ritmo
é marcado por plano que nunca são parados; segundo quem já viu, com bons
resultados.

O filme tem 1h42min de duração, e a trilha sonora é do premiado Goran
Vejvoda, que além de trilhas para o cinema, colabora com prestigiosos
espetáculos cênicos na França. Vejvoda já trabalhou com Bilal em Tykho
Moon
.

Uma longa resenha sobre o filme, em inglês, do bom jornal canadense National
Post
, diz que mais que um filme que merece ser visto, Immortel
é um filme sobre o qual se deve pensar. Confira aqui.

Para ter uma antevisão melhor da película (será que chega ao Brasil?),
confira um trailer
no site da Apple.

E, claro, o
site oficial
.

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