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Lee Bermejo conta o que espera de Lex Luthor: Man of Steel

16 janeiro 2004

Arte de Lee BermejoAlém da reformulação nas três revistas mensais do Super-Homem que a DC Comics está fazendo, um outro projeto com o Homem de Aço vem chamando a atenção. Trata-se da minissérie Lex Luthor: Man of Steel, com argumentos de Brian Azzarello e arte de Lee Bermejo, que mostrará o herói do ponto de vista de seu maior inimigo: Luthor.

Bermejo também foi o responsável por redefinir Metrópolis, e preparar o novo visual da cidade, que nos últimos anos vinha sendo mostrada como um lugar futurista ao extremo.

"Sempre vi Metrópolis como a mais fantástica cidade, prevista nas décadas de 1040 e 1050. Pessoalmente, acho que a atual encarnação se tornou muito futurista, e quase tira o interesse pelo Super-Homem", analisou o desenhista. "Não acho que Metrópolis deva ter tanta personalidade quanto Gotham, por exemplo. Precisa ter um visual único, claro, mas, ao mesmo tempo, ser a cidade de pessoas comuns."

Arte de Lee Bermejo"Se for muito estilizada, fará com que um homem que possa voar e ver através de paredes não seja tão especial. Quem se interessaria num cara assim, se existem carros voando por todos os lados?", indagou.

Azzarello e Bermejo já trabalharam juntos anteriormente, na minissérie Batman - Deathblow, publicado no Brasil pela Mythos Editora, mas, para o artista, em Man of Steel está sendo diferente. "Eu me sinto mais confortável com Brian dessa vez. Também temos um editor que está bastante envolvido no processo: Will Dennis adicionou um ângulo muito bem-vindo no modo como trabalho."

"Sou fã da maneira como Brian escreve. Este projeto é bem direcionado aos personagens. Comecei a minissérie gostando muito mais do Super-Homem, mas Lex acabou se tornando o cara sobre quem quero ler. Adoro o fato de ele ter feito Lex um personagem interessante para mim", explicou o desenhista.

Arte de Lee Bermejo"O assustador é que eu realmente entendo o ponto de vista que Brian está abordando. O Super-Homem é como uma bomba. Se ele realmente existisse, e aparecesse numa rua cheia de gente, as pessoas não viriam querendo apertar a mão dele. Você faria isso se conhecesse alguém que abrisse um buraco no peito de alguém apenas com o olhar? Se conseguirmos fazer os leitores sentirem o mesmo, teremos feito bem o nosso trabalho", finalizou.

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