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Mais detalhes sobre John Byrne na Liga da Justiça

20 maio 2003

John ByrneRealmente deu no que falar. A decisão da DC Comics em juntar John Byrne e Chris Claremont para um arco de histórias em cinco partes na série mensal da Liga da Justiça causou furor entre os fãs.

Alguns aguardam ansiosos, já que a dupla foi a responsável por aquela que é considerada como a melhor fase dos X-Men, no final da década de 1970 e início da de 1980. Eles apostam que a reunião de Byrne e Claremont, pela primeira vez desde então, trará de volta o melhor de ambos. Entretanto, os recentes trabalhos dos dois não foram bem recebidos, e isso soa como mau sinal para os que são contrários à idéia.

Por cinco meses eles escreverão um dos principais títulos da DC, que está entre os 10 mais vendidos nos Estados Unidos.

A escolha foi do editor Mike Carlin. "Quem são os integrantes da equipe hoje em dia?". Essa foi a primeira pergunta de Byrne quando Carlin lhe fez a proposta. "Eu sabia que todo o trabalho dependeria da resposta dessa pergunta", relembra.

"Acho que ele me ofereceu esse trabalho para eu parar de ficar falando de Gerações 4 toda hora", brincou o criador, que no momento está fazendo a minissérie Gerações 3. "Eu não tenho acompanhado o título de perto. Acho que ainda estava na faculdade quando lia o título regularmente".

O autor preferiu não dar muitos detalhes. "Sem revelar muito, vamos colocar a equipe em confronto com um novo vilão, que possui sua própria organização, para explorar alguns conceitos que têm fervilhado na minha cabeça há algum tempo".

Liga da Justiça, no traço de John  ByrneApesar de já ter trabalhado com quase todos os personagens dos quadrinhos, dois serão novidades. Manitu Raven e Faith, integrantes que surgiram após a saga Obsidian Age. "Carlin me explicou quem eles eram, para eu poder ficar por dentro e fazer alguma coisa com eles. Acho que fui bem-sucedido", aposta.

"A principal preocupação é encontrar algo para cada um deles fazerem explorando o que os fazem especiais. O que faz o Caçador de Marte diferente do Super-Homem? O que o Flash pode fazer que nenhum outro pode? Não é fácil, mas gosto de desafios", explicou.

A idéia de Claremont se juntar ao trabalho foi de Mike Carlin. "Originalmente, eu faria tudo. Mas então outras coisas começaram a juntar, o que atrapalharia para fazer a história. Então ele sugeriu chamar alguém. Ele perguntou se Chris toparia, e assim a lenda renasceu".

Em extensa entrevista concedida ao Universo HQ ano passado, John Byrne falou um pouco sobre sua parceria com Claremont. "Costumo dizer que eu e Chris fomos casados por cinco anos, com um divórcio muito tumultuado no final. Ele ficou com os filhos, que já eram seus... de um casamento anterior".

"Nós dois temos uma relação bem no estilo Gilbert & Sullivan (Nota do UHQ: Dupla de artistas ingleses, do final do século 19 e começo do século 20, famosa por suas óperas e peças de teatro) - o brilhantismo (e havia brilhantismo) veio mais de nossas duas cabeças grandes se batendo, do que de uma real síntese de visão. Estávamos constantemente tentando passar um ao outro. Era uma competição onde, em última instância, os fãs ganharam", definiu.

E as críticas parecem não incomodar John Byrne. "A era da internet inflou além da razão a influência de uma minoria. Eu desejo que as pessoas que sentem falta do meu trabalho leiam essa história. A impressão que terão é de estarem lendo coisas como as que fiz há cinco, dez, quinze anos".

A DC Comics afirmou que Joe Kelly e Doug Mahnke continuam sendo a equipe criativa da série.

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