Em julho, a revista Metal Hurlant, da editora Humanoids, trará mudanças que agradarão aos leitores. A partir do número 7, a série de antologias passa de 48 para 64 páginas, mas não sofrerá acréscimo de preço, que continuará em US$ 3,95.

"As coisas sempre mudam, é a natureza dos negócios", disse Bobby Silva, da Humanoids. "Veja a indústria de quadrinhos, por exemplo. Se você pegar um colecionador de 10 anos atrás e trazê-lo para os dias de hoje, provavelmente terá um ataque do cardíaco. Os dias de capas variantes e dentes cerrados se foram. A nova era pertence às encadernações e histórias que precisam ser lidas. Os colecionadores desistiram de ter esperanças que as edições número um pagarão a universidade dos filhos deles".

"Dito isso, as pessoas apreciam as revistas da Humanoids. Mas entendemos que nossos preços de graphic novels são altos para alguns experimentarem", prossegue. "A Metal Hurlant será nossa maneira de mostrar nosso material num formato mais acessível. Isso dá aos fãs uma variedade de material que exemplifica o que temos a oferecer".

As histórias, por outro lado, continuam com o mesmo tamanho. A qualidade do papel também será um pouco menor. "É de senso comum que nos quadrinhos não se dá muito valor à quantia que se gasta. Nossa revista terá 64 páginas coloridas, e achamos que os pessimistas terão que se curvar e pagar esse preço por uma edição de Metal Hurlant", aposta Silva.

"O aumento de páginas significa que poderemos mostrar mais histórias e criadores. Não vamos dar aos leitores cinco páginas de uma incrível aventura e dizer 'Quer mais? Compre nosso álbum'. Vamos apresentar tramas completas", explicou.

Para Bobby Silva, as antologias precisam de séries regulares para ser bem-sucedidas. "Metal Hurlant é o futuro dos quadrinhos. É um experimento constante que ativará a imaginação dos leitores ao levá-los ao limite e além", analisou.