Nem parece que estamos em pleno ano 2003. Na França, Didier Pasamonik, editor da Vertige Graphic, tem procurado chamar a atenção dos meios de comunicação para algumas manobras de um grupo desconhecido, que tem pressionado a rede de livrarias Fnac, para que ela retire das prateleiras e pare de vender a edição francesa Palestina, de Joe Sacco.

A União de Pais e Profissionais Judeus da França acusa a obra de Sacco de propagar e inspirar em seus leitores o ódio contra Israel, além de "demonizar" seu exército, ao mesmo tempo em que "evangeliza" os palestinos.

O mais incrível de tudo é que Palestina está no catálogo da Vertige desde 1996, e vem ganhando vários prêmios, não só no mercado de quadrinhos.

Segundo Didier Pasamonik, o maior inconveniente é que é um grupo tão pouco representativo se auto-intitule como porta-voz dos judeus franceses, para tentar encabeçar uma campanha de censura tão descabida.

No Brasil, Palestina, o álbum que instituiu o "jornalismo em quadrinhos", foi lançado pela Conrad Editora, em dezembro de 2000.