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Steven Grant fala sobre 2 Guns no cinema

30 julho 2013

UCartaz de 2 Gunsm artigo do The New York Times sobre a adaptação para o cinema da HQ 2 Guns, de Steven Grant e Mateus Santolouco, deixou bem claro a principal razão pela qual tantos artistas e escritores estão saindo da Marvel Comics e da DC Comics para criar suas próprias revistas publicadas por editoras menores.

Segundo Grant, 2 Guns é o seu trabalho mais rentável. A minissérie em cinco partes, criada por ele, foi publicada discretamente pela Boom Studios, em 2007.

Quando Ross Richie, o publisher da Boom, fechou o contrato com Grant para a publicação da HQ, ele podia oferecer apenas um valor tão baixo pelo trabalho, que poderia ser considerado como um insulto. Mas em contrapartida, Richie cedeu uma grande parcela dos direitos de adaptação para cinema, TV ou videogame, caso o projeto fosse vendido para algum produtor.

Isso significa que Grant recebeu um bom dinheiro, ao contrário do que costuma acontecer com escritores e artistas das duas grandes editoras estadunidenses, que não recebem um tostão quando seus personagens chegam às telonas.

O filme 2 Guns será lançado no próximo dia 2 de agosto. A direção é do islandês Baltasar Kormákur (de Contrabando) e estão no elenco Denzel Washington, Mark Wahlberg, Paula Patton, James Marsden, Bill Paxton, Edward James Olmos e Fred Ward.

A Boom lançará, na data de estreia da película, a primeira edição da nova minissérie de Grant, 3 Guns, com arte de Emilio Laiso (de Hack/Slash) e capas de Rafael Albuquerque.

Grant já trabalhou para a Marvel Comics escrevendo títulos como Punisher, Avengers, Spectacular Spider-Man, The Hulk e Defenders; foi escolhido por Howard Chaykin para substituí-lo nos roteiros de American Flagg, publicou Badlands (com Vince Giarrano) na Dark Horse Comics e fez os roteiros da adaptação de CSI para os quadrinhos (IDW), dentre muitas outras HQs.

Durante anos, ele assinou uma ótima coluna sobre quadrinhos (e política estadunidense) chamada Permanent Damage. Atualmente, ele está escrevendo a coluna Temporary Insanity, no Comic Book Resources.

O texto do Times (e outros artigos) não menciona se o brasileiro Mateus Santolouco também recebeu uma quantia extra quando o projeto foi vendido. A HQ foi concebida por Grant, na década de 1990, e o roteiro escrito em 2001, muitos anos antes de sua publicação. É irônico que a participação do artista seja "work for hire", num projeto autoral.

Isso já havia acontecido com outros autores, como Michael Avon Oeming e o filme O Monge à Prova de Balas (Bulletproof Monk), livremente baseada na HQ ilustrada por ele e escrita por Brett Lewis, com publicação da Image Comics. O material foi originalmente desenvolvido no final da década de 1990, por Michael Yanover e Mark Paniccia, parceiros na Flypaper Press. Lewis e Oeming foram contratados para desenvolver o projeto.

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