Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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52 # 2

1 dezembro 2007


Título: 52 # 2 (Panini
Comics
) - Minissérie mensal em 13 edições

Autores: Estrelas e suas trajetórias - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Chris Batista (desenhos) e Jimmy Palmiotti (arte-final);

Síndrome da China - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos) e Ruy Jose (arte-final);

O fundo do poço - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Ken Lashley e Draxhall (arte);

Ladrão - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Eddy Barrows (desenhos) e Rob Stull (arte-final);

História do UDC - Dan Jurgens (texto e desenhos), Art Thibert, Norm Rapmund e Andy Lanning (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2007

Sinopse: Já faz um mês que a Crise Infinita acabou. Uma parte dos heróis que formaram o time que lutou no espaço está de volta - mas boa parte deles retornou, no mínimo, com ferimentos graves. Alan Scott perdeu um olho, Cyborg e Nuclear estão fundidos no mesmo corpo, Moça-Gavião está com oito metros de altura.

Ainda há, contudo, os que continuam desaparecidos. Ao menos aos olhos de quem está na Terra. No espaço, Adam Strange, Homem-Animal e Estelar estão em um planeta paradisíaco.

De volta à Terra, Adão Negro está formando uma coalizão de países para impedir a dominação global de heróis norte-americanos.

E Gladiador Dourado vê fracassar seu plano de ocupar a vaga de Superman - e descobre que Rip Hunter encontrou uma falha no tempo.

Enquanto isso, em Nova Cronos, Donna Troy continua a percorrer a História do Universo DC.

Positivo/Negativo: À sua maneira, 52 é uma grande novela dos oito que se passa em uma revista em quadrinhos. As semelhanças são várias:

1) Numa novela, há uma grande trama que é contada a partir de várias subtramas. Parece que é o caso de 52. Neste número, mais uma vez, há indícios de que alguma coisa afetou o Multiverso durante a Crise Infinita. É o que o Gladiador Dourado descobre no laboratório do viajante do tempo Rip Hunter. Os textos espalhados pelas páginas 42 e 43 parecem revelar pistas sobre a história principal da minissérie.

Mas, ao mesmo tempo, o Gladiador Dourado está envolvido em seu próprio drama pessoal, Adam Strange, Homem-Animal e Estelar estão num planeta estranho e Adão Negro esquenta o clima da geopolítica internacional.

2) Como bem revela um bom texto publicado na revista Wizmania # 47, 52 é uma obra escrita por quatro roteiristas e organizada por um diretor. Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka e Mark Waid assinam o roteiro, mas quem determina o que cabe onde e como isso será organizado na revista é Keith Giffen, que então passa o material aos desenhistas. É um modelo de criação mais próximo das novelas.

3) 52 foi publicada semanalmente nos Estados Unidos. Por conta disso, o ritmo de produção foi intenso. E, como numa novela, não há tempo para efeitos visuais grandiosos. Por isso, quem se destaca são os roteiristas. Não que os desenhos sejam ruins. Mas também não são nenhuma obra-prima. Os artistas são apenas competentes e estão a serviço da história.

Apesar das semelhanças, 52 ainda leva uma vantagem diante das novelas das oito: na HQ, não há espaço para enrolação. Folhear a revista depois da leitura é um exercício que serve para o leitor se dar conta de que tem coisa acontecendo para valer o tempo todo.

É por isso que, por enquanto, a História do UDC, uma espécie de extra das edições feito por Dan Jurgens, destoa tanto do resto da minissérie. As historietas parecem ter a mesma função do especial History of DC Universe (publicado lá fora depois de Crise nas Infinitas Terras e inédito no Brasil): sedimentar as modificações na cronologia da editora. Mas, até agora, não há nada de muito relevante.

O trabalho editorial da Panini é competente na adaptação das histórias, mas tropeça justamente na página de resumo da edição anterior - por sinal, muito bem-vinda. É que, além de algumas mancadas no português, indica o site oficial da minissérie como referência. O problema é que, quando a segunda edição da revista chegou às bancas, o único conteúdo disponível era um vídeo teaser da série.

Classificação:

4,0

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