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A SOMBRA DO BATMAN # 1

1 dezembro 2010

A SOMBRA DO BATMAN # 1

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Filho do ódio (Batman Confidential # 13 e #14) - Tony Bernard (roteiro), Rags Morales (desenhos e capas), Mark Farmer (arte final) e I.L.L. (cores);

As sereias de Gotham em união (Gotham City Sirens # 1) - Paul Dini (roteiro), Guillem March (arte e capa) e José Villarubia (cores);

O despertar da Batgirl - Começo de uma nova origem (Batgirl # 1) - Bryan Q. Miller (roteiro), Lee Garbett (desenhos), Trevor Scott (arte-final), Guy Major (cores) e Phil Noto (capa);

O Graal (Red Robin # 1) - Christopher Yost (roteiro), Ramon Bachs (arte), Guy Major (cores) e Francis Manapul (capa);

Elegia - Agitato (Detective Comics # 854) - Greg Rucka (roteiro), J.H. Williams III (arte e capa) e Dave Stewart (cores).

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Julho de 2010

 

Sinopse

Filho do ódio - Um inimigo de Batman que todos pensavam estar morto voltou. Ele começa a assassinar policias e usa uma roupa parecida com a do Morcego. As autoridades começam a duvidar de Bruce Wayne.

As sereias de Gotham em união - Com o Batman morto e uma nova dupla dinâmica patrulhando as ruas, Gotham City ficou mais perigosa do que nunca. E para sobreviverem, Hera Venenosa, Arlequina e Mulher-Gato decidem se unir em um grupo de supervilãs.

O despertar da Batgirl - Começo de uma nova origem - Stephanie Brown vive seus primeiros dias como Batgirl e deve provar seu valor vestindo o uniforme.

O Graal - Tim Drake vive um momento complicado. Ele não acredita que Bruce Wayne está morto e decide correr o mundo para encontrá-lo. Além disso, deve aprender a lidar com a nova identidade secreta que assumiu e encarar a desconfiança de Damian e a insegurança de Dick Grayson.

Elegia - Agitato - A Batwoman está atrás da líder de um concílio religioso. Mas não são apenas os bandidos que odeiam suas patrulhas noturnas: Anna, sua namorada, não está nada contente com sua ausência.

Positivo/Negativo

A sombra do Batman é uma das novas revistas mensais que a Panini lançou após a sua "revolução editorial". Enquanto o título principal do Morcego é focado nas aventuras da nova dupla dinâmica, este apresenta todas as tramas paralelas.

A edição começa bem, com uma história do antigo Batman, Bruce Wayne, enfrentando um inimigo que usa um uniforme parecido com o seu. O problema é que ela parece deslocada do resto da revista. Afinal, todas as aventuras tratam de como os aliados e inimigos lidam com a ausência do Cavaleiro das Trevas.

O roteiro de Tony Bernard é correto e divertido. A arte de Morales não foge do tradicional padrão americano. Algumas expressões faciais parecem um pouco desproporcionais, mas, no geral, ele dá conta do recado e mostra talento em cenas de ação.

As sereias de Gotham é bem divertida. Focada nas três vilãs mais carismáticas do Batman, Arlequina, Mulher-Gato e Hera Venenosa, mostra a improvável união entre as três e deixa bastante espaço para crescer, mostrando as peripécias do trio.

A arte de Guillem March usa closes e tomadas que valorizam os "atributos" das vilãs, mas de modo moderado, sem chegar no exploitation. Basta conferir a capa da edição, publicada no miolo da revista, para compreender.

As duas histórias seguintes são as mais fracas da revista. Batgirl apresenta alguns dilemas bobos de identidade. Robin Vermelho é um pouco melhor e deixa espaço para melhorar nas próximas edições, mas começa de forma morna. A arte de ambas é bem no estilo super-herói, mas o traço de Lee Garbett é um pouco mais rebuscado.

Por fim, o leitor chega a Batwoman, a melhor história da revista, de longe. O roteiro de Greg Rucka é muito interessante, pelo tratamento diferente dado à heroína. Ela é lésbica assumida e passa por um período de crise. A ideia de uma seita religiosa escondida em Gotham também funciona e deixa espaço para evoluir nas próximas edições.

A arte de J.H. Williams III é sensacional. Cada página é construída com capricho, com diagramações diferentes e complexas. Só para citar um exemplo: o apartamento de Katherine, a Batwoman, é mostrado através das paredes, como uma planta imobiliária em 3D. Fantástico.

As cores de Dave Stewart também possuem um papel importante. O vermelho vivo do cabelo e da roupa de Batwoman chamam a atenção. Além disso, ao alternar cores claras e escuras, ele cria um efeito belíssimo.

O primeiro número de A sombra do Batman mostra que a revista pode melhorar nos próximos meses. Mesmo com os deslizes, vale especialmente pelo trabalho de Rucka e Williams em Batwoman. E dá para acompanhar todas as histórias conhecendo apenas algumas informações da cronologia atual do Morcego.

Classificação:

4,0

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