Título: ALIENS VERSUS PREDADOR - XENOGÊNESE (Mythos
Editora) - Edição especial

Autores: Andi Watson (roteiro), Mel Rubi e Ben Herrera (desenhos) e Mark Lipka, Norman Lee, Christopher Ivy e Mike Perkins (arte-final).

Preço: R$ 19,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2006

Sinopse: A jovem detenta Charley cumpre pena em uma colônia penal interplanetária. Seu namorado Elliot tem parentes na companhia que está disposta a resgatar a condenada, por um preço.

Tudo que Charley e Elliot precisam fazer é assaltar uma corporação de pesquisas científicas concorrente. Uma missão muito simples... até que um Predador invade a mesma instalação para caçar os espécimes ali "pesquisados": uma ninhada de Aliens!

Positivo/Negativo: Apesar de, separados, terem estrelado seis filmes, Alien e Predador somente "toparam" pela primeira vez nos quadrinhos e nos games. Isso proporcionou diversos encontros com outros ícones conhecidos como Super-Homem, Batman, Lanterna Verde, Tarzan, Exterminador do Futuro, além de edições especiais e minisséries com eles próprios como protagonistas.

Então, em 2005, finalmente houve o demorado e esperado encontro nas telas, com atores reais no filme AVP - Alien versus Predador, do diretor Paul Anderson.

Algumas dessas histórias são divertidas, outras nem tanto e há as que é melhor esquecer definitivamente. Neste último quesito se encaixa esta edição.

Alien versus Predador - Xenogênese é uma sucessão de clichês, com narrativa e roteiro muito pobres. Na verdade, o título da revista quase não faz jus à história, pois são poucas as cenas em que as duas criaturas aparecem juntas; elas ficam à mercê de participações especiais mesmo. Separadas, rendem poucos bons momentos; e não passa disso.

Praticamente toda a aventura gira em torno do grupo de ladrões e seus problemas internos.

Destaque para uma cena em que o casal, recuando e atirando sobre vários Aliens, fica discutindo seu relacionamento e traição por parte de um deles. E um deles impede o outro de atravessar uma porta para uma área livre enquanto não ouvir toda a verdade sobre esses fatos do passado. E as criaturas de sangue ácidos e extremamente hostis avançando... É realmente duro de engolir.

Os traços dos desenhistas Mel Rubi e Bem Herrera podem não agradar muitos leitores, principalmente por causa dos rostos e feições estranhas e tortas, que às vezes ficam sem qualquer embasamento, com expressões que não combinam com o momento da trama. No entanto, eles acertam em vários enquadramentos, nos desenhos das duas criaturas e nos cenários.

Graficamente, a editora fez um ótimo serviço. Além disso, a edição traz nas últimas páginas as capas da minissérie original em quatro edições, publicada entre 1999 e 2000. A Mythos acertou inclusive ao escolher a única delas que retrata fielmente o título.

Se você curte os monstros e seus crossovers, e achar esta edição em algum sebo por um preço mais baixo, pode até arriscar. Caso contrário, poupe seu dinheiro.