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AVENTURAS DO DIDI # 18

1 dezembro 2011

AVENTURAS DO DIDI # 18

Editora: Bloch - Revista mensal

Autores: Estúdio Ely Barbosa (texto e arte).

Preço: Cr$ 250,00 (preço da época)

Número de páginas: 32

Data de lançamento: 1983

 

Sinopse

Nove HQs estreladas por Didi e Bonga, o vagabundo.

Positivo/Negativo

Aventuras do Didi foi um spin-off de Os Trapalhões, gibi clássico da Bloch Editores que marcou a história dos quadrinhos brasileiros nos anos 1970 e 1980.

Na época, como mais destacado da saudosa trupe de comediantes, o personagem Didi acabou ganhando seu próprio título mensal, nada mais que uma extensão da revista principal e, por isso mesmo, tão inesquecível quanto ela.

Esta edição abre com uma aventura do mendigo Bonga e seu fiel parceiro de infortúnios, o cão vira-lata Barão, com os dinâmicos desenhos de Eduardo Vetillo, autor da maioria das HQs da revista.

Os personagens foram criados por Renato Aragão para o filme Bonga, o vagabundo, de 1971, no qual atuou sem os parceiros Dedé Santana, Mussum e Zacarias, que nos anos seguintes completariam com ele a formação definitiva do quarteto humorístico.

O cantor das multidões, como todas as histórias estreladas por Bonga nos gibis, traz alguns elementos sentimentais, centrados na amizade do mendigo e seu cão e nos problemas que os dois enfrentam para conseguir comida ou abrigo.

Mas é o humor que dá o tom na HQ e aparece no melhor estilo nonsense que caracterizou as revistas dos Trapalhões na Bloch, sem escolha de raça, credo, nível social ou até mesmo time de futebol para fazer piadas.

Nesta aventura, Bonga contracena com o ex-apresentador Chacrinha, na época o maior sucesso das tardes de sábado, na TV Globo.

AVENTURAS DO DIDI # 18

Didiborg, o homem de seis milhões de trapalhadas, também desenhada por Vetillo, sátira ao seriado O homem de seis milhões de dólares (estrelado pelo ator Lee Majors, no papel do ciborgue Steve Austin), é um dos destaques da edição.

Na trama, um ciborgue que trabalha para o "serviço secreto cearense" - e ganha, como salário, seis latas de óleo e uma regulagem mensal - procura o responsável pelo sumiço do maior prédio do mundo.

Didizão & Dalilis, com a participação de Mussum em uma impagável caracterização feminina, também é uma das mais divertidas. Com desenhos em estilo mais comedido, se comparados ao traço caótico e nervoso de Eduardo Vetillo, a história se passada no "Ceará Antigo", na época em que "os cearenses caíram sob o domínio dos perversos filisteus.

E Escada rolante, Alto falante e Certo dia na rua..., três histórias curtas de uma página, escritas por Genival A. Souza e Orlando da Costa - roteiristas da edição -, são os mais perfeitos exemplos do humor dadaísta de Aventuras do Didi e Os Trapalhões.

Numa delas, uma multidão enfurecida, gritando "Pega ladrão!", persegue uma letra "A" maiúscula, que foge saltando pelas ruas. Didi pergunta quem está sendo perseguido e ouve a resposta: "Não está vendo? É um A... saltante".

Classificação:

4,0

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