Autores: Chuck Dixon (texto), Derec Donovan (arte) e Guy Major (cores).

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Dezembro de 2007

Sinopse: A competição de arqueiros armada por Peng Li Zhao revela-se uma farsa. A idéia não é promover um evento esportivo, mas sim encontrar um campeão capaz de combater um dragão chinês ancestral.

O eleito, claro, é Connor Hawke. Mas o monstro não é exatamente quem o magnata chinês esperava - e a vida do filho do Arqueiro Verde ficará bem complicada.

Positivo/Negativo: Em seu segundo e último número, a minissérie
Connor Hawke - Sangue de Dragão não traz grandes novidades: apenas
reforça alguns dos problemas que já apareciam no primeiro
número.

Hawke continua sendo um personagem sofrido, amargo, difícil de se trabalhar. Até mesmo um dragão gigante parece coisa pequena perto de seus imensos dramas pessoais. É uma situação tão deprimente que o leitor acaba tendo que ouvir ladainhas sentimentalóides do herói. Ele lamenta a presença da ex-amante do pai, o irmão bastardo seqüestrado, a morte velho sábio e até a derrota do dragão... Haja paciência!

A arte, mais uma vez, tem seus bons momentos. Mas, no quinto capítulo, há um exagero de páginas inteiras dedicadas ao conflito com o dragão: uma de abertura, seguida de uma dupla. Mais adiante, outra inteira, mais uma dupla e, para encerrar, uma inteira novamente. Seria um exagero talvez aceitável no caso de virtuosos como Alex Ross e Bryan Hitch. O problema é que a simplicidade de Donovan não exige tanto. E dá a impressão de que os criadores não tiveram o que dizer e optaram por enrolar.

A própria trama mostra que a hipótese é plausível. Afinal, a segunda metade de Sangue de Dragão é, mais uma vez, um clichê: a do ousado aventureiro que enfrenta um dragão lendário.

A falta de originalidade, mais uma vez, é cruel com Connor Hawke. A minissérie se apoiou em um personagem pouco carismático e em conceitos batidos. O veredicto é inevitável: ela simplesmente não conseguiu vingar.