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CONTAGEM REGRESSIVA # 4

1 dezembro 2008


Autores: Proibido ultrapassar - Paul Dini, Sean McKeever (texto), Jim Calafiore (desenhos), Jay Leisten (arte-final) e Pete Pantazis (cores);

Inferno na Terra! - Paul Dini, Jimmy Palmiotti, Justin Gray (texto), Jesus Saiz (desenhos), Jimmy Palmiotti (arte-final) e Thomas Chu (cores);

A morte vem do alto - Paul Dini, Adam Beechen (texto), Keith Giffen (esboços); David Lopez, Mike Norton (desenhos), Don Hillsman II, Rod Ramos (arte-final) e Alex Bleyaert (cores);

Viagem mágica misteriosa - Paul Dini, Tony Bedard (texto), Jim Calafiore (desenhos), Jack Purcell (arte-final) e Thomas Chu (cores);

História do Multiverso - Dan Jurgens (texto e desenhos), Norm Rapmund e Jerry Ordway (arte-final) e David Baron (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2008

Sinopse: Karatê Kid e Una invadem o QG de Oráculo justamente quando ela tenta impedir um ataque de um vírus de computador global.

Enquanto isso, Trapaceiro e Flautista continuam sendo perseguidos por praticamente todos os heróis e vilões do Universo DC.

Jason Todd, Donna Troy e Ryan Choi, o novo Eléktron, prosseguem sua busca por Ray Palmer.

Na casa de Zatanna, Mary Marvel dá sinais de que está corrompida pelo poder de Adão Negro.

Vestido como Sr. Ação, Jimmy Olsen tenta entrar para os Novos Titãs e para a Liga da Justiça.

E mais: a história do Multiverso!

Positivo/Negativo: Simplesmente não dá para entender o porquê de a DC apostar tantas fichas em Contagem regressiva.

A série é uma das HQs mais medonhas que a editora já produziu. Mas, em vez de varrê-la para baixo do tapete dos escritórios de Nova York, a casa de Dan Didio optou por expô-la na vitrine.

Na prática, isso quer dizer que as revistas regulares estão cheias de referências ao que acontece nas páginas desta minissérie. É quase impossível transitar pelo Universo DC sem esbarrar em uma nota de rodapé que solicite a sua leitura.

A idéia, sempre, é fazer com que o leitor dê uma chance e comece a comprar a revista que substituiu 52 - afinal, ela é um lixo, mas vai que está publicando algo relevante para entender o futuro da DC.

Com um pouco de sorte, as citações são passageiras e não comprometem se forem simplesmente ignoradas. Mas não é sempre assim.

Tome-se o exemplo de Jimmy Olsen, agora rebatizado ridiculamente de Sr. Ação. Sua participação no título de Superman é maléfica simplesmente porque a nova caracterização do personagem é ruim demais. Mas, por conta da trama de Paul Dini, em uma seqüência boba, agora Jimmy conhece a identidade do Homem de Aço. E o pior: o jovem fotógrafo passou a agir como um completo paspalho.

Sem propósito, enrolada, boba, lotada de contradições, Contagem regressiva tem se revelado o pior título mensal da DC.

É capaz de mostrar até mesmo barbaridades: depois de conseguir capturar Flautista e Trapaceiro, Batwoman e a nova Questão simplesmente deixam-nos ir embora.

O que piora ainda mais a minissérie é a disparidade entre os artistas. De um lado, há um competente Jesus Saiz. Do outro, pra descompensar de vez em duas histórias nesta edição, tem um Jim Calafiore com seu estilo cansativo e mal resolvido.

Pois é isso: Contagem regressiva é uma doença purulenta que se espalha pelo Universo DC, prometendo contaminar até mesmo o grande evento da casa no Brasil do ano que vem, a Crise Final.

Ao tentar salvar um projeto fracassado, a DC parece estar simplesmente jogando o seu futuro precipício abaixo.

Classificação:

4,0

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