Confins do Universo 202 - Guerras Secretas: 40 anos depois
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CONTAGEM REGRESSIVA # 6

2 agosto 2009


Autores: Novas fronteiras - Paul Dini, Sean McKeever (texto), Keith Giffen (esboços), Manuel Garcia (desenhos), Rodney Ramos (arte-final) e Hi-Fi (cores);

Conflito em família - Paul Dini, Justin Gray (texto), Jimmy Palmiotti (texto e arte-final), Jesus Saiz (desenhos) e Thomas Chu (cores);

Notícias da outra Terra - Paul Dini, Adam Beechen (texto), Keith Giffen (esboços), Manuel Garcia (desenhos), Mark McKenna (arte-final) e Rod Reis (cores);

Surge a Forrageadora! - Paul Dini, Tony Bedard (texto), Keith Giffen (esboços), Al Barrionuevo (desenhos), Art Thibert (arte-final) e Thomas Chu (cores);

A origem do Charada - Scott Beatty (texto), Don Kramer (arte) e Hi-Fi (cores);

A origem de Eclipso - Scott Beatty (texto), Phil Winslade (arte) e Hi-Fi (cores);

A origem do Coringa - Scott Beatty (texto), Brian Bolland (arte) e Matt Hollingsworth (cores);

A origem do General Zod - Scott Beatty (texto), Gary Frank (desenhos), Jonathan Sibal (arte-final) e Hi-Fi (cores);

A origem do Pinguim - Scott Beatty (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Hi-Fi (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2008

Sinopse: Jason Todd, Donna Troy e Kyle Rayner continuam a busca por Eléktron em diversos mundos paralelos - até encarar o Monarca.

Mary Marvel é seduzida por Eclipso.

Jimmy Olsen recebe uma nova missão: encontrar os assassinos dos Novos Deuses.

E mais: as origens dos vilões Charada, Eclipso, Coringa, General Zod e Pinguim.

Positivo/Negativo: Que emaranhado! Que bagunça! Depois de seis edições, ficou difícil perceber até mesmo quando os problemas de Contagem Regressiva começam.

Pode ser na própria natureza da série - um caça-níquel calcado nos mesmos moldes da bem-sucedida 52 e sem metade do brilho da original. Se a primeira série foi uma história seriada divertida sobre um ano inteiro do Universo DC, com começo, meio e fim, sua sucessora é uma colcha de retalhos de histórias que não andam pra lugar algum.

Outra fonte de complicações para a trama - que se incrementou sensivelmente nesta edição - são os nós com o restante do Universo DC. Há interligações com as revistas Superman, Prelúdio para a Crise Final, as recém-anunciadas novas edições de DC Apresenta e DC Especial.

Em alguns casos, como a relação com A morte dos Novos Deuses ou A busca por Ray Palmer, mal dá para entender em que revista a trama vai se desenvolver. A sensação que passa é que ao menos um dos títulos é dispensável - resta saber qual.

Por fim, é perturbador o baixo nível da história, que não aprofunda nada, não desenvolve argumentos nem personagens. Os fatos, por mais relevantes que pareçam, acabam tendo pouco ou nenhum impacto psicológico nos personagens. Tome-se o exemplo de Jimmy Olsen, que quase explode na página 19, foge pelo esgoto e, em seguida, já está pronto para uma nova aventura. Ou os três heróis que estão em busca de Ray Palmer, que descobrem novas Terras (e encontram suas contrapartes!) com a naturalidade com que se anda de metrô.

A sensação que fica é a de que a DC Comics está cansada de si mesma. Nos 70 anos da editora, seus heróis já viram de tudo, estiveram por todos os cantos do Multiverso, foram do começo ao fim dos tempos e salvaram tudo isso incontáveis vezes. Para os personagens, parece que nada mais pode impressionar. E essa sensação de que não há nada mais a se fazer contamina a minissérie de forma irreversível.

A impressão, no fim das contas, é que nem mesmo a equipe editorial aguenta a revista. Afinal, já faz tempo que a Panini corrigiu seus problemas com a língua portuguesa, mas nesta edição escapou um medonho "mau humorado", em vez de "mal-humorado", na página 36.

E na página 84, uma mancada que veio dos editores originais, que deixaram passar um Monarca com 4 dedos numa das mãos.

Os poucos méritos da série - o clima leve, os desenhos (ainda que apressada) de Jesus Saiz, a arte das origens dos vilões... - não dão conta de segurar a revista, que se tornou um dos títulos mais enfadonhos nas bancas brasileiras em 2008.

 

Classificação:

4,0

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