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COWBOYS & ALIENS

1 dezembro 2011

COWBOYS & ALIENS

Editora: Record - Edição especial

Autores: Fred Van Lente e Andrew Foley (roteiro), Dennis Calero e Luciano Lima (desenhos), Luciano Kars, J. Wilson e Silvio Spotti (arte-final) e Andy Elder (cores).

Preço: R$ 42,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Julho de 2010

 

Sinopse

Em 1873, no Arizona, enquanto os índios travavam uma batalha praticamente perdida contra colonos europeus, a cavalaria dos Estados Unidos e caubóis que vagavam em busca de recompensas, um misterioso objeto voador cai dos céus.

E dele saem seres que decidem exterminar os humanos, para que possam conquistar o nosso planeta. É o bastante para que os antigos inimigos se aliem para combater o perigo que veio das estrelas.

Positivo/Negativo

Adaptações de quadrinhos se tornaram praticamente um nicho em Hollywood, como todo fã de arte sequencial sabe. E, há algum tempo, os filmes transportando personagens do papel para a telona não se limitam ao gênero super-heróis - mesmo que muitos espectadores nem desconfiem que obras como Estrada para perdição, O Máskara ou Homens de preto tenham saído dos gibis.

E engana-se quem acha que apenas quadrinhos de excelente qualidade sejam escolhidos para essas adaptações. Cowboys & Aliens é prova disso.

COWBOYS & ALIENS

A história é apenas mais uma sobre invasões alienígenas, sem nada de novo. A diferença é a época em que ocorre: nos tempos do Velho Oeste. Assim, em vez de norte-americanos e russos se aliando para combater o inimigo que vem do espaço, aqui esses papéis são ocupados por caubóis, militares e índios.

Há até espaço para interesses românticos entre terráqueos e extraterrestres. E tome clichê!

Pra piorar, os desenhos do brasileiro Luciano Lima têm muitos problemas, que vão desde falhas feias de anatomia a erros de continuidade (por exemplo, nos quadros 4 e 5 da página 31), passando por uma narrativa paupérrima.

A arte do prólogo, de Dennis Calero, é até aceitável.

Editorialmente, a Record faz um bom trabalho - faltou apenas reproduzir, no miolo, a capa original da HQ (veja ao lado). Mas a editora se colocou numa sinuca de bico.

Evidentemente, a ideia era embarcar no burburinho causado pelo longa-metragem - a frase "a graphic novel que inspirou o filme", na capa, atesta isso -, porém, como não trabalha com distribuição em bancas (seu foco é nas livrarias) e esta HQ é curta, a Record investiu numa capa dura e num papel luxuoso para encorpar o álbum.

Assim, o livro ficou graficamente atrativo, mas caro à beça. Pior: a editora acabou embrulhou um produto ruim com pompa e circunstância.

Classificação:

4,0

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