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CRISE FINAL # 1 - A VINGANÇA DOS VILÕES

2 agosto 2009


Autores: Geoff Johns (texto), Scott Kolins (arte), Dave McCaig (cores), Levi Trindade e Fabiano Denardin (tradução e adaptação).

Preço: R$ 9,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2009

Sinopse: Depois da morte do Flash Bart Allen, a Galeria dos Vilões tenta recuperar seu lugar. Mas, para isso, tem que encarar até mesmo uma versão mais jovem de si mesma.

Positivo/Negativo: Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro: ao contrário do que a diagramação da capa dá a entender, esta revista não é a primeira parte de A vingança dos vilões - que, por sinal, tem todas as suas partes publicadas na edição. É, isso sim, o número 1 de seis especiais ligados à Crise Final.

Puxão de orelha dado, portanto.

E, de certa forma, trata-se de um alívio. Afinal, ninguém merece seis partes de uma HQ meia-boca como A vingança dos vilões.

Um dos títulos que ajudou Geoff Johns a se tornar um dos escritores mais badalados da DC Comics foi Flash. Ao restaurar o tom heroico das aventuras do corredor, o autor foi ganhando espaço na editora e acabou catapultado para as listas de favoritos dos leitores.

A vingança dos vilões é, portanto, um retorno do escritor ao personagem - ao lado do desenhista Scott Kolins, com quem fez parceria no começo da década. E isso até pode ser interessante para alguns leitores. Mas não quer dizer que se trata de uma grande HQ.

O problema é que esse retorno é bem morno. E não tinha como ser diferente. Afinal, a trama está prensada entre dois fatos relevantes dos quadrinhos dos corredores escarlates. De um lado, está a morte de Bart Allen, mostrada nas HQs de linha do Flash. Do outro, a Crise Final deu um jeito de ressuscitar Barry Allen, o Flash clássico.

E isso nem é tudo. Em meio a vários Flashes (heróis e vilões), a uma versão mais jovem de si mesma e a histórias de qualidade duvidosa, a Galeria dos Vilões perdeu força e, nos últimos anos, se descaracterizou. Os membros se tornaram uma espécie de supervilões bonzinhos que enfrentam não só heróis, mas também supervilões malvados.

O resultado é um maniqueísmo relativizado - que é simplesmente inverossímil demais pra ser levado a sério.

No fim das contas, nem mesmo a morte de um dos personagens consegue dar fôlego à HQ.

 

Classificação:

4,0

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