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CRÔNICAS DE FAHERYA # 1

1 dezembro 2004


Autores: Anderson Abraços (roteiro) e Elisa Kwon (arte).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 96 páginas

Data de lançamento: Julho de 2004

Sinopse: Uma caravana pára no meio do deserto para recolher um homem desfalecido.

Algum tempo depois, a caravana é atacada por um escorpião gigante, e o outrora desacordado Samuel se alia a um mago elfo chamado Sarai para derrotar o monstro que feriu uma jovem elfa.

Em seguida, a criatura nota que a garota está ferida e a caravana aproveitou o combate para fugir. Samuel revela ser um clérigo e usa seus poderes divinos para diminuir a dor da elfa. No entanto, não é o suficiente para curá-la. Por isso, os dois partem para o templo da cidade mais próxima, Sagitarius, em busca de cuidados.

Enquanto isso, na floresta de Granis, a jovem Kaira está prestes a ser torturada e morta pelos elfos da noite que a capturaram, quando é salva por Taiha, um guerreiro paladino, e Galls, seu mágico bicho de estimação. A dupla a ajuda a derrotar os bandidos.

A moça revela que os elfos a perseguiam para roubar um tesouro de família. Para descobrir o plano maligno dos inimigos, o grupo pega um pergaminho em um dos corpos e parte para Sagitarius.

O terceiro capítulo mostra Torki, um homem de poucas palavras que carrega a sina dos mortos em suas costas e é atormentado pelo seu passado trágico.

Em Sagitarius, os dois grupos acabam se encontrando por acaso numa taverna, e Taiha se compadece do sofrimento da garota doente. O guerreiro pede a Kaira que ceda o seu tesouro de família, o olho do dragão, para que se possa acessar o templo e salvar a vida da enferma.

Quando o grupo se aproxima do templo e está prestes a entrar, o guia que os auxiliava revela ser um golem, criado a partir de magia e tecnologia, que se põe entre os heróis e a salvação da garota. Agora, eles precisam combater um feroz inimigo para garantir a sobrevivência de uma estranha.

Positivo/Negativo: Crônicas de Faherya é uma HQ nacional em estilo mangá de excelente qualidade gráfica (apesar de alguns erros de diagramação e de português), com uma boa arte e uma história razoável.

A trama, no geral, usa os estereótipos típicos do RPG. Seu desenvolvimento se dá em várias linhas de ação que se juntam no épico final, com um gancho para a próxima aventura, ou melhor, edição. Os personagens também são figurinhas carimbadas dos jogos de interpretação e da fantasia medieval, o paladino humano e seu dragão, a ladra, o mago elfo, o clérigo e o guerreiro.

O roteiro, apesar de se desenvolver bem, escorrega em alguns aspectos, como a artificialidade de alguns diálogos e as informações a respeito do mundo, que muitas vezes são atiradas ao leitor de maneira ostensiva, como a piada no primeiro capítulo, que faria mais sentido se todos soubessem que os elfos vêm de Ragasia de antemão, e não após o diálogo.

O ponto alto da obra, com certeza, é o terceiro capítulo, em que os autores contam a história do guerreiro Torki sem usar diálogos, para salientar que ele é um homem de poucas palavras. Numa narrativa leve e bem desenvolvida, esse trecho tem ainda uma bela arte.

O desenho, inclusive, é o destaque de Crônicas de Faherya. Os personagens são bem retratados e as páginas se destacam pela clareza, facilitando a narrativa. A retícula, contudo, alterna altos e baixos até a metade da revista, quando atinge um certo equilíbrio, que se mantém até o final.

A revista ainda tem espaço para informações sobre o mundo de Faherya, sua utilização, de seus personagens e criaturas para jogos de RPG, além de publicidade.

A capa merece uma análise especial, pois tem um projeto gráfico muito bom, limpo e que chama a atenção, deixando o leito com vontade de folheá-la.

Classificação:

4,0

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