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DC APRESENTA # 7 – SJA ARQUIVOS CONFIDENCIAIS

1 dezembro 2008


Autores: O dobro ou nada - Steve Englehart (texto), Tom Derenick (desenhos), Mark Farmer (arte-final das partes 1 e 2), Doug Hazlewood (arte-final da parte 3) e I.L.L. (cores);

A conexão venenosa - Tony Bedard (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e I.L.L. (cores).

Preço: R$ 8,00

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: O dobro ou nada - Após Crise Infinita, a Sociedade da Justiça está separada. Stargirl vai se unir às ex-integrantes da Liga Víxen e Cigana para salvar seus colegas que, capturados por um grupo de vilões jogadores, estão prestes a entrar num torneio em que lutam violentamente entre si.

A conexão venenosa - Bane encontra a ilha de Santa Prisca tomada por traficantes da droga que o deformou, e para livrá-la, precisa da ajuda do Homem-Hora original.

Positivo/Negativo: Janeiro foi um mês pródigo para a Sociedade
da Justiça no Brasil. O grupo, que já passou uns bons anos no ostracismo
por aqui, ocupou a capa de três revistas nas bancas. A primeira foi SJA
Anual # 1
, com data de capa de dezembro do ano passado, seguida
na cola desta edição de DC Apresenta. Antes de o mês acabar, foi
lançada o oitavo número de Universo
DC
, com a estréia da nova fase do grupo.

Como o Anual, DC Apresenta é montado a partir de histórias publicadas originalmente na revista JSA Classified (aqui rebatizadas de Arquivos Confidenciais), que tem como característica arcos fechados, criados por times criativos diferentes dos que ocupam o título de linha. Na numeração e na cronologia, uma revista é seqüência da outra, embora as aventuras sejam bem independentes.

Por sua própria natureza, o título tem um histórico bem irregular, e esta edição é um exemplo disso.

O dobro ou nada parece uma grande coleção de equívocos. A começar pela idéia central: um grupo de vilões que seqüestra heróis para promover um torneio em que os mocinhos lutam entre si. É um mote desgastado por si só.

A carismática Stargirl e até mesmo as fracassadas Víxen e Cigana acabam desperdiçadas numa história previsível ao extremo. Encontra-se na mesma situação que elas a boa arte de Derenick, que praticamente desaparece quando é exposta aos fundos cor-de-rosa e às auras azuis que contaminam as páginas. É uma pena.

Por outro lado, A conexão venenosa é uma HQ divertida, que funciona. A trama une o Homem-Hora atual com seu pai e Bane, o vilão que quebrou a coluna de Batman nos anos 90 e estava de molho havia algum tempo.

Bedard acha um inesperado ponto em comum do trio: poderes que surgem a partir do uso de drogas. E leva-os junto com seus problemas para Santa Prisca, terra-natal do vilão e equivalente da DC para Cuba. O resultado é uma aventura divertida e empolgante, animada com o traço ágil e inconfundível de McDaniel.

Foi justo nos desenhos marcantes do artista, aliás, que a Panini vacilou e creditou erroneamente as capas, na página 70. Coisa pequena, claro, mas que sempre convém alertar o leitor.

Classificação:

4,0

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