DIMENSÃO DC - LANTERNA VERDE # 5
Autores: Íon - O maior dos Lanternas Verdes (Tales of the Green Lantern Corps - Ion # 1) - Ron Marz (texto), Michel Lacombe (arte) e Jeromy Cox (cores);
Luz da liberdade (Green Lantern Corps # 19)- Peter J. Tomasi (texto), Patrick Gleason (desenhos), Prentis Rollins, Derek Fridolfs, Tom Nguyen, Drew Geraci, Dan Davis, Rebecca Buchman (arte-final), David Curiel, Jo Smith e Guy Major (cores);
Uma vez grandioso, grandioso novamente (Green Lantern - Sinestro Corps Special # 1) - Geoff Johns (texto), Dave Gibbons (desenhos), Rodney Ramos (arte-final) e Moose Baumann (cores);
O medo é o choro de uma criança! ( Tales of the Green Lantern Corps - Superman Prime # 1) - Sterling Gates (texto), Jerry Ordway (arte) e Moose Baumann (cores);
Origens secretas (Booster Gold # 1) - Geoff Johns (texto), Dan Jurgens (desenhos), Norm Rapmund (arte-final) e estúdio Hi-Fi (cores).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2009
Sinopse: Íon - O maior dos Lanternas Verdes - Kyle Rayner, mais uma vez um Lanterna Verde, parte para ajudar o daxamita Sodam Yat - agora Íon - a enfrentar a overdose de poderes. De quebra, no caminho, ressurge o vilão Alex Nero.
Luz da liberdade - Enquanto a Tropa dos Lanternas Verdes se reestrutura pela enésima vez, Guy Gardner reencontra a ressuscitada Gelo, por quem declara seu amor.
Uma vez grandioso, grandioso novamente - Diretamente das páginas do Livro de Parallax, o primeiro encontro entre o Lanterna Verde Hal Jordan e Sinestro é recontado.
O medo é o choro de uma criança! - A origem de Lyssa Drak.
Origens secretas - Após salvar 52 universos paralelos, o Gladiador Dourado tenta descobrir seu lugar no mundo.
Positivo/Negativo: A capa desta edição - uma arte dos brasileiros Ivan Reis e Oclair Albert, com cores de Moose Baumann - não está creditada no miolo da revista. O espaço para crédito de capas foi deixado de lado, muito provavelmente por conta da seção dedicada aos anúncios de novidades que emula o jornal Planeta Diário.
Ainda assim, meio órfã, esta capa desempenha um papel central. É nela que está a maior força da revista. É uma arte grandiosa, épica, na qual Hal Jordan range os dentes para expressar uma grande fúria. Junto a ela, duas chamadas de impacto. Uma convoca para a conclusão da saga A guerra dos anéis. Outra, para a estreia da série do Gladiador Dourado.
Dentro da revista, contudo, as coisas não são bem assim.
Se lesse a revista, Jordan relaxaria a arcada dentária. As HQs dos Lanternas Verdes têm um tom de anticlímax. A guerra dos anéis, afinal de contas, teve seu desfecho grandioso na edição anterior.
O que esta revista traz é um epílogo. Nas histórias, os ânimos estão bem mais calmos. Os desafios impostos são mais amenos. Novos inimigos até dão as caras e preparam terreno para novas aventuras.
A propósito: foi só A guerra dos anéis acabar que o nível das aventuras despencou junto. Costuma ser assim no mundo dos super-heróis, que prima por uma qualidade irregular - em que, volta e meia, o leitor leva gato por lebre.
A HQ de Íon é um exemplo dessa queda. A arte parece feita às pressas em alguns pontos. E o roteiro, escrito por Ron Marz, autor-fetiche de Kyle Rayner, é batido. Não oferece nada de especial ao leitor. Pior: é verborrágico. A ponto de, antes do fim, na página 22, Rayner recapitular o que o leitor acaba de conferir.
É com uma citação à famosa fotografia V-J day in Times Square, de Alfred Eisenstaedt, que Peter J. Tomasi e Patrick Gleason reaproximam o Lanterna Verde Guy Gardner e Gelo, ponto alto da trama da Tropa dos Lanternas Verdes desta edição.
Infelizmente, porém, a brincadeira não é suficiente para levantar o título, em uma trama que se divide entre rever o presente e preparar o futuro, mas que, a rigor, tem pouco a oferecer.
Aliás, os dois contos dos heróis esmeralda sofrem do mesmíssimo mal.
A esta edição resta, portanto, a estreia da nova série do super-herói Gladiador Dourado - que mereceu chamada na capa.
À primeira vista, há mesmo motivos para fuzuê.
A série é escrita por Geoff Johns, autor-estrela da DC Comics, e Jeff Katz, que também é produtor de cinema. Na arte está Dan Jurgens, um veterano de traço limpo e simpático - mas que, no escabroso cenário atual, acaba sendo uma benção.
Além disso, o Gladiador Dourado é um personagem que já teve seus dias de brilho na saudosa Liga da Justiça de Keith Giffen, J.M. DeMatteis e Kevin Maguire - isso ainda no final dos anos de 1980 e começo dos 1990. E que, convém lembrar, ganhou destaque novamente nos últimos tempos como protagonista de um dos eixos da série 52.
O problema desta primeira edição é que, em vez de parecer uma novidade, a história tem cheiro de velha, como se tivesse saído de uma gaveta depois de muito tempo. Sobre os ombros do herói do futuro está todo o peso de seu passado.
Até que o Gladiador Dourado e o leitor entendam o que está se passando, se vão 30 páginas de recapitulações, flashbacks, recordatórios e reencontros com velhos personagens.
No fim das contas, fica claro que a nova série vai mesmo revirar o tempo de cabeça para baixo e chafurdar no pó. Resta a esperança de que os autores consigam trazer algum frescor para essas aventuras que estão mais para amareladas do que para douradas.
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