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DYLAN DOG # 12

1 dezembro 2003


Título: DYLAN DOG # 12 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: Sclavi (roteiro), Montanari e Grassani (desenhos).

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2003

Sinopse: O Castelo do Medo - Lorde Blendings teve uma morte assustadora e misteriosa. Os herdeiros estão reunidos no castelo da família para a leitura do testamento, mas o falecido aristocrata não deixará de brincar com aqueles que ambicionam sua fortuna.

Dylan Dog, ao ser contratado por um dos membros da família, vai ser obrigado a enfrentar os rigores do inverno inglês junto a fantasmas, bêbados e mulheres de libido imprevisível!

Positivo/Negativo: De meados dos anos 50 a princípios dos anos 70, a Hammer Films, na Inglaterra, produziu filmes para personagens fundamentais para a história do terror cinematográfico.

Desta vasta produção, destacam-se os de Drácula, estrelados pelo indestrutível Christopher Lee, que lotaram cinemas e fizeram a alegria da garotada que, na calada da noite, desafiava os pais e assistia às escondidas, durante as madrugadas da finada Rede Tupi, as "estripulias " do conde vampiro da Transilvânia!

Estes foram filmes de cores berrantes (para muito sangue e vísceras fakes) e violência estilizada que conduziram insones pré-adolescentes por florestas escuras, castelos soturnos de mil passagens secretas e corredores sem fim, e, como esquecer, vampiras e mocinhas de vestes insinuantes e/ou transparentes. Tudo muito kitsch, "gótico" e, por isso mesmo, divertidíssimo!

Esta edição é descaradamente inspirada nesta produção cinematográfica inglesa. O roteiro de Sclavi, como é de praxe, vale-se de situações e personagens que farão não só a alegria dos fã da Hammer, mas também a dos apreciadores da literatura inglesa romântica do século XIX : o "espectro" de H. Walpole, autor de O Castelo de Otranto, ronda esta aventura do Detetive do Pesadelo.

O erotismo merece destaque, já que em poucas outras edições de Dylan Dog certas personagens foram tão caricatas e de formas mais próprias à italiana Monica Belucci, do que à inglesa Emma Thompson. A página 54 merece figurar no rol dos momentos marcantes do personagem, pela síntese perfeita de humor, sensualidade e cafajestagem!

O ponto fraco são os desenhos nada inspirados de Montanari e Grassani. Os cenários estão até bem resolvidos, mas os personagens têm a expressividade e a elegância de bichos de pelúcia!

No mais, a temida carta da editora anunciando o fim da publicação, felizmente, não apareceu! Que venham não só Dylan Dog # 13, mas 14, 15... 666!

Classificação:

4,0

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