Título: DYLAN DOG # 16 (Mythos Editora ) - Revista mensal

Autores: Tiziano Sclavi (roteiro) e Luigi Piccatto (desenhos).

Preço: R$ 5,50

Número de Páginas: 102

Data de lançamento: Fevereiro de 2004.

Sinopse : Grand Guignol - O Senhor Crabb leva muito a sério a máxima de que não existe publicidade boa ou ruim, mas apenas publicidade.

Coerente como poucos, este empresário contrata Dylan Dog para dar um chamativo ar de mistério a seu teatro, um novo espaço cênico de espetáculos sanguinolentos.

Positivo/Negativo: Dylan Dog # 16 é uma destas inteligentes aventuras que reserva ao leitor uma surpresa até o último quadrinho. É em razão de aventuras como esta que fica evidente o paradoxo que caracteriza a publicação do personagem no Brasil.

A presente edição brinda os fãs com os desenhos inspirados de Piccatto e, o mais importante, um roteiro divertido e criativo. Lançando mão, com a devida parcimônia, de artifícios metalingüísticos, Sclavi apresenta aos jovens leitores brasileiros do século XXI os sustos e peripécias do teatro de Grand Guignol.

Estes espetáculos, extremamente populares na Europa de fins do século XIX, com suas cenas de assassinatos, as quais se valiam dos mais modernos efeitos cênicos de então, estabeleceram os clichês que estúdios de cinema como Universal e Hammer se apropriaram para os seus filmes de terror.

Mas tanto apuro e bom humor tornam Dylan Dog, no Brasil, uma publicação cult, a qual se atribui a pecha de "demasiado cabeça", devido às referencias literárias as quais se reporta e aos seus roteiros não lineares.

Prevalece no Brasil, como se sabe, um forte preconceito contra quadrinhos mensais mais autorais e/ou que não se reduzem aos esquemas maniqueístas mais previsíveis.

Uma feliz exceção é Mágico Vento, da mesma Bonelli Comics, pela boa recepção junto aos leitores brasileiros. Apesar de viverem em épocas e locais totalmente distintos, será que a editora italiana não poderia pensar num modo de realizar um crossover entre Mágico Vento e Dylan Dog?