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DYLAN DOG - ZED

1 dezembro 2004


Título: DYLAN DOG - ZED (Dark Horse) - Edição especial

Autores: Tiziano Sclavi (roteiro) e Mauro Brindisi (desenhos).

Preço: U.S. $ 5,95

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Novembro de 2002

Sinopse : Zed - Depois de uma noite de embalo e luxúria, Mac, uma loirinha irlandesa, deixa Dylan Dog dormindo na cama. Ela se veste, dá um beijo no amante, pula a janela (literalmente), entra num pub, senta-se à mesa com Scout (que é a cara do ator Chistopher Lambert), lhe dá uma grana e sai com o cara para um beco.

Não, não se trata de uma aventura influenciada pela dramaturgia de Nelson Rodrigues, infelizmente.

Na verdade, em Zed, Scout cobra caro, pois conhece uma falha no tecido da realidade, ali mesmo em Londres. E isso o faz correr muitos riscos.

Mas o grande problema para Dylan Dog é ter que lidar com o fato de Mac esconder terríveis aspectos de sua vida, que a envolvem com o terrorismo e outras supressas que costumam tornar as mulheres tão perigosas e atraentes.

Participações especiais de Nosferatu, e de um tal de Felix, que se fala e se veste como Groucho, mas não tem o bigode do ajudante do Detetive do Pesadelo. Só o próprio entenderia...

Positivo/Negativo: Zed não é uma inesquecível e criativa aventura de Dylan Dog. Sclavi e Brindisi são extremamente competentes, e só.

O roteiro é aquela colagem satisfatória de referencias cinematográficas e literárias: Alice no País das Maravilhas, O Mágico de Oz, A Máquina do Tempo e, infelizmente, o filme Horizonte Perdido.

Há até mesmo uma citação a outra aventura de Dylan Dog, Golgonda (recém-publicada no Brasil pela Mythos). Entretanto, falta ao roteiro aquela ousadia que marca, por exemplo, uma aventura como Morgana (lançada aqui pela Conrad Editora).

O traço de Brindisi tem uma certa influência de Milo Manara, mas jamais o talento deste. Apesar de algumas páginas terem uma composição interessante, o tédio prevalece.

A mutação de Groucho em Felix é o fundo do poço. A piada absurda que é o Detetive do Pesadelo, de Londres, ter como assistente um ator pancada, verborrágico e incapaz de abandonar o personagem (no caso, Groucho Marx) foi pelo ralo graças às exigências e limitações de direitos autorais para o uso de imagens nos Estados Unidos. Triste.

Classificação:

4,0

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