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EDGE # 1

1 dezembro 2012

EDGE # 1

Editora: Panini Comics - Revista mensal

O lado negro (Stormwatch # 1) - Paul Cornell (roteiro), Miguel Sepúlveda (arte) e Allen Passalaqua (cor);

Bandoleiro (Grifter # 1) - Nathan Edmondson (roteiro), Cafu (desenho), Jason Gorder (arte-final) e Andrew Dalhouse (cor).

Mantendo segredos (Voodoo # 1) - Ron Marz (roteiro), Sami Basri (arte) e Jessica Kholine (cor).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Julho de 2012

 

Sinopse

O lado negro - Membros do Stormwatch tentam recrutar um russo chamado Apolo, que pode ser um dos seres mais poderosos da Terra, enquanto algo muito estranho acontece na Lua.

Bandoleiro - Sequestrado, ouvindo vozes e agora procurado como terrorista, Cole tenta entender o que está acontecendo.

Mantendo segredos - Na boate Vodu, a dançarina que encanta mais clientes passa a ser chamada também de Vodu. Mas os agentes Evans e Fallon querem saber se não tem algo estranho com ela.

Positivo/Negativo

É com surpresa que o leitor termina a leitura desta revista. Às evidências: o projeto Novos 52, da DC, gerou uma grande quantidade de títulos ruins, que flutuam entre o dispensável e o agressivo.

A começar pelo título: Edge. A ideia é que são quadrinhos no limite. No limite do quê? Há uma ideia de material ousado por trás disso, que pode querer dizer quadrinho metido à besta.

No meio desse mar, flutuam alguns título legíveis e outros até mesmo bons. Portanto, um mix sem nenhum personagem tradicional do universo da editora já merece alguma desconfiança.

E esses personagens não são tão conhecidos assim por fazerem parte da WildStorm, que já foi selo da DC e, antes disso, editora integrante da Image. E é dela que saíram séries como Gen 13 e Wild C.A.T.S - que teve até uma fase escrita por Alan Moore, em um de seus piores trabalhos.

O nome Image sempre merece uns três passos para trás e uma oração para aqueles leitores que professam alguma fé.

Ressalte-se, entretanto, que é justamente da WildStorm que saíram alguns dos materiais mais interessantes da DC nos últimos tempos, a saber: Planetary, Authority, Ex Machina e Frequência Global.

Como esta revista não tem nenhum desses, é mais um item na lista de "razões para temer".

Mas eles estão "mais ou menos" na publicação. Stormwatch foi um título conduzido pelo roteirista Warren Ellis até se tornar Authority. E é justamente a levada de Ellis (e de Mark Millar, outro a escrever o supergrupo) que Paul Cornell tenta reproduzir aqui. Se ele não acerta em cheio como os outros dois escritores, ao menos entrega, ao lado de Liga da Justiça Dark, a melhor HQ de grupo do relaunch da DC.

A segunda história é a pior da revista. Seria algo no DNA Wild C.A.T.S do Bandoleiro? Uma HQ confusa, sem muitas perspectivas e desenhada por alguém que nunca esteve num avião. Observe o espaço entre as poltronas na página 27, por exemplo.

Em seguida, para compensar, uma arte belíssima, com uma colorização à altura e o roteiro do veterano Ron Marz, que consegue uma excelente reviravolta em uma história que parecia não ir a lugar algum.

No fim, o "Edge", não se cumpre, pois não há nada ousado aqui. Mas sobram boas histórias de super-heróis. Quantas delas resistiram à crueldade do acúmulo dos meses?

 

Classificação:

4,0

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