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FANTASMA – THE GHOST WHO WALKS

1 dezembro 2006


Título: FANTASMA - THE GHOST WHO WALKS (Editora Saber)
- Minissérie em 3 partes

Autores: Dave DeVries (roteiro) e Glenn Lumsden (desenhos).

Preço: R$ 4,90 cada (na época)

Número de páginas: 48 cada edição

Data de lançamento: Julho e agosto de 1996 (republicado em 2000)

Sinopse: Minissérie colorida lançada pela Marvel Comics
em 1995, enfocando o 22º Fantasma. A trama mostra o retorno do general
Bababu, desta vez ajudado por um mercenário que se mostra bem forte.

Eles estão tentando aprovar (de todas as maneiras mais sujas) um projeto
de lei que autoriza a mineração nas montanhas Ruwenzori, terra do Fantasma
e suas tribos amigas. Assim, o herói terá de impedir os planos dos vilões.

Há dois flashbacks interessantes, um mostrando a origem do personagem
e outro com a passagem do 21º para o 22º Fantasma.

FANTASMA – THE GHOST WHO WALKSPositivo/Negativo:
Os artistas contratados são australianos que possuem um estúdio próprio
em Barossa Valey. E eles deram conta do recado. O desenho é bem detalhado
e interessante, o mesmo acontecendo com a trama, que vai deixando o leitor
com gosto de quero mais. Segue um ritmo rápido e violento, com cores atraentes,
bem ao estilo do que era feito nos anos 90.

Não é a oitava maravilha do mundo, mas é uma boa história com desenhos
competentes (o que já é pedir muito nos dias atuais).

Os autores dão uma roupagem nova ao Fantasma, deixando-o com um visual
moderno e atuando num tempo mais atual, com problemas dos nossos dias.
Os mais puristas podem achar que ele parece um pouco deslocado, o que
até acontece, mas o Espírito-que-anda teria que chegar a isso algum dia;
e este foi um bom jeito de mostrá-lo assim.

Uma curiosidade interessante é que Mars, o mercenário que ajuda o General
Bababu, é incrivelmente parecido com o jogador australiano de críquete
Merv Hughes, conterrâneo dos artistas.

A princípio, a coisa parece boa, mas os detalhes da publicação tiram o
brilho desta minissérie. A capa é cartonada e com cores bem legais e o
miolo tem papel e impressão no mesmo nível. No final há alguns textos
explicativos interessantes, situando o leitor na cronologia do universo
do Fantasma.

FANTASMA – THE GHOST WHO WALKS
Mas as coisas boas param por aí. A fonte usada nos balões é muito estranha,
e não combina com a história. As onomatopéias não foram traduzidas, o
que prejudica leitores que não entendem inglês. Mas o pior mesmo é o português,
que é maltratado. Faltam alguns pontos finais, outros sobram, bem-vindo
é escrito sem o hífen ou tudo junto, isso pra citar alguns erros.

Apesar dos bons textos do final de cada número, falta aquele "algo mais",
algum ensaio apresentando o Fantasma, mostrando o contexto da minissérie,
um artigo de abertura, tudo isso seria interessante para o leitor.

E há ainda uma mancada ridícula da Saber. No original da Marvel,
a página 30 da segunda edição saiu repetida na # 3, e a editora nacional
fez o mesmo por aqui. Era algo facilmente evitável.

Por tudo isso, a nota final cai um pouco, mas a história é interessante
e vale ser conferida, se o leitor tiver paciência e relevar esses erros.

Classificação:

4,0

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