Nesta segunda e última edição, nada fora do convencional de quem já está acostumado a ver os filmes da série Sexta-feira 13. Mortes em sequência, sexo, sangue para todo lado e gritos enchem as páginas, deixando de lado os diálogos e introduções que permearam o número anterior.

Em nenhum momento se diz explicitamente que o Crystal Lake e o terreno em volta sofrem de alguma maldição, e o que o leitor vai sabendo sobre o local fica por conta de suposições de alguns personagens, além do fato de ali ser um antigo território indígena.

Lendas envolvendo cultos, mistérios e maldições sempre estiveram muito atreladas à própria cultura ameríndia, principalmente dos nativos da América do Norte. E não faltam filmes, livros e quadrinhos com esta temática, sempre rendendo boas histórias de ficção e terror.

Justamente o que a trama traz aqui, fazendo a sanha assassina de Jason algo além do material, envolvendo mesmo o misticismo e o clima macabro do seu "lar", além de ter um precedente: um antigo assassino serial indígena se vingando de todos que lhe fizeram mal ou julgando que assim fizeram-no, exatamente como o filho de Pamela Voorhees faria muitos anos depois.

O final já era mais do que previsto, sem nenhuma surpresa.

O mérito da obra é incrementar um lado obscuro e dúbio quanto àquela região do Crystal Lake, criando um ar sobrenatural no local, oriundo de tempos idos.

No mais, é uma história em quadrinhos que vale a pena os fãs conhecerem, desde que não esperem muita coisa.