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HITMAN # 13

1 dezembro 2004


Título: HITMAN # 13 (Brainstore) - Revista mensal

Autores: Garth Ennis (roteiro) e John McCrea (desenhos).

Preço: R$ 7,90 (cada número)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Dezembro/ Janeiro de 2004

Sinopse : Tommy 's Heroes III - Agora não tem mais conversa! Tommy & cia., sem a menor sutileza passam por cima de todo e qualquer ser ou superser que se coloque no caminho da marcha histórica rumo a uma sociedade mais justa, solidária e pacífica. Detalhe: a alegoria da redenção aqui tem as formas de um tanque de guerra!

Eu canto de ti - Em certos momentos, tudo que um homem precisa é um amigo para ouvi-lo! E é justamente isso que acontece quando um deprimido Super-Homem encontra-se com Tommy Monaghan.

Positivo/Negativo: É preciso imaginar uma mistura dos filmes dos Trapalhões com uma versão trash de Apocalypse Now, do diretor Francis Ford Coppola, para que o leitor tenha uma idéia do resultado obtido por Ennis e McCrea para o terceiro e último capítulo de Tommy's Heroes!

É diversão garantida !Alguém precisa apresentar estas HQs ao diretor Spike Jonze, o mesmo de Quero ser John Malkovich.

Esta edição da Brainstore só não é perfeita porque a segunda aventura trata de um desses personagens que morreram e esqueceram de deitar: o número 13, além de fechar as aventuras de Tommy Monaghan & cia. na África, traz o constrangedor encontro do mercenário com o Super-Homem.

Depois de tanta diversão, ter que agüentar o kryptoniano de peito de pombo (veja o primeiro quadro da página 32) chorando as sua mágoas é dose pra leão. Perto deste "Superdeprê", até mesmo assistir Mesa Redonda, da TV Gazeta, nas paulistanas noites de domingo, é uma experiência interessante (nota do UHQ: esta opinião não é compartilhada por toda a equipe do Universo HQ).

O drama do inquilino da Fortaleza da Solidão é o mesmo dos mais panacas dos CDFs: por que eu não posso tirar dez sempre?

E, como costumam dizer os historiadores, a situação sempre pode piorar. Assim, o leitor tem que agüentar um papo patriótico de quinta categoria proferido por um deslumbrado Tommy Monaghan. Imperdoável! Deprimente! Muito possivelmente, o senhor Ennis teve que escrever este roteiro para compensar seus excessos!

E se a intenção era mostrar o herói de Metrópolis fragilizado e em busca de, digamos, um novo ânimo, fica aqui uma sugestão: amargurado com a vida, nosso herói deveria passar uns dias em Roma. Lá, em trajes civis, enquanto almoça numa cantina próxima a Igreja de San Pietro, uma morena de cabelo channel, dá mole, aproxima-se e se apresenta: "Oi, meu nome é Valentina... e o seu?".

Classificação:

4,0

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