Autor: Hideo Yamamoto (texto e arte).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 224

Data de lançamento: Abril de 2008

Sinopse: Trepanado e alucinado, Susumu Nakoshi estupra Yukari no carro em frente da casa da moça.

Em seguida, o rapaz investiga um pouco de sua vida passada.

Positivo/Negativo: Mais uma vez, Homunculus reforça sua posição de um dos melhores quadrinhos em publicação no Brasil.

Seus adjetivos são recorrentes: perturbado, perturbador, provocador, inovador, denso, profundo, instigador e por aí vai.

Tudo isso é derivado da temática pouco usual, que mistura pseudociência com psicologia e adiciona doses carregadas de sexo. Chega-se ao estupro de uma adolescente - algo que pode chocar quem não acompanha a série, mas que apenas se soma a uma sequência de demências que o mangá já apresentou.

Com o desfecho da trama com a jovem Yukari, Yamamoto conduz Susumu a uma nova fase da trama, ao começar a explorar o passado do protagonista.

Sabe-se que Susumu não é um mendigo comum, apesar de morar na rua. Ele sempre passou a impressão de ser um cara que tinha uma boa vida e, sem explicação, jogou tudo para o alto - ou perdeu o que possuía.

Mas, ao passar o crachá na catraca que dá acesso à empresa em que trabalhava, Susumu tem livre acesso. Chega ao seu computador - que ainda tem seu nome e suas coisas. Revela-se um atuário bem-sucedido.

Com essa jogada, o autor inaugura um outro campo para ser explorado pela série. Há um novo mistério: o que Susumu está fazendo nas ruas? Será que ele próprio está fazendo uma experiência?

Mais uma vez, Hideo Yamamoto puxou o tapete do leitor. Resta saber para onde o tombo vai levar.

Em tempo: mais uma vez, a edição chegou às bancas com atraso, desta vez de quase dois meses - seu lançamento foi originalmente anunciado pela Panini para fevereiro.

 

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