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J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 8

1 dezembro 2007


Título: J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 8 (Mythos
Editora) - Revista mensal

Autores: Giancarlo Berardi (roteiro) e Giorgio Trevisan (desenhos, com a colaboração de Laura Zuccheri).

Preço: 7,40

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Junho de 2005

Sinopse: Se as montanhas morrem - A fama de Júlia Kendall aumenta e ela é convidada a investigar uma seqüência de assassinatos na reserva indígena de Pine Ridge, na Dakota do Sul.

Positivo/Negativo: Giancarlo Berardi sentiu saudades dos tempos de Ken Parker e resolveu tirar Júlia da cidade grande. A criminóloga vai parar numa reserva do povo lakota (ou sioux, como são mais conhecidos), local dividido entre duas facções políticas.

De um lado, a Sociedade pelo Desenvolvimento da Nação Indígena, favorável à aproximação entre índios e brancos; do outro, o Movimento pelos Direitos dos Nativos Americanos, contra este tipo de integração.

A investigação em si não é o forte desta história. A grande preocupação do roteiro é mostrar o modo de vida dos lakota, tanto seus problemas - drogas, baixa renda, desemprego, suicídio, confrontamento com as autoridades brancas, lutas internas - como seus costumes - ritos, deuses, língua, tradição, cultura.

Berardi sabe dar ritmo a todas essas informações, inserindo-as no momento propício, sem que elas pareçam antinaturais à trama. Evita-se, assim, que o roteiro fique parecido com um manual de instruções, ao invés de uma história em quadrinhos de aventura.

Pelo próprio tom da HQ, a veia criminóloga de Júlia está contida. Na verdade, em duas ou três passagens ela se porta como uma legítima "donzela em apuros" dos mais típicos filmes e gibis de faroeste.

Para elaborar o visual da trama, foi escalado o veterano Giorgio Trevisan, velho parceiro de Berardi. Seu traço é detalhista - sem ser supérfluo - e composto de diversas hachuras. Estas, em vez de deixarem o desenho duro (como ocorre com muitos desenhistas), contribuem para a expressividade dos personagens e ambientações, gerando um trabalho ao mesmo tempo clássico e dinâmico.

De quebra, Júlia e Leo Baxter conhecem o amor...

Classificação:

4,0

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