Fazia tempo o mercenário Jonah Hex não dava as caras no Brasil. Os últimos lançamentos foram Oeste sombrio, de 2005, e Showcase, de 2006, uma grande compilação de aventuras clássicas.

Agora, com o lançamento da adaptação cinematográfica, estrelada por Josh Brolin e Megan Fox, a Panini decidiu compilar as seis edições iniciais da revista Jonah Hex, publicadas entre janeiro e junho de 2006.

São seis HQs independentes ambientadas num cenário muito parecido com o de filmes de western spaghetti italianos protagonizados por Clint Eastwood, personagem que inspirou Jonah Hex nesta versão.

As aventuras são sempre simples e eficientes e apresentam um problema. Aí, Hex é convocado para resolver a parada. Com direito a bom desenvolvimento e clímax sangrento. E a fórmula garante muitos momentos de diversão.

A arte de Luke Ross é interessante e bastante realista. Ele não abusa de desenhos de página inteira, preferindo criar um ritmo ágil de leitura. As cenas de ação são muito bem construídas e algumas sequências sem diálogos também merecem destaque.

Também vale a dica para, nas HQs desenhadas por Ross, o leitor procurar atores brasileiros que serviram de referência para alguns coadjuvantes, como Paulo Goulart e Matheus Natchergale.

Na quinta história, os desenhos ficam por conta de Tony Dezuñiga, veterano artista filipino que ajudou a criar Jonah Hex.

Como extras, a Panini incluiu as capas originais e um pequeno texto contando a trajetória do personagem. O acabamento da edição, em capa cartonada, é simples, mas bem feito. E garante um preço mais acessível, algo interessante para os fãs de Hex e para leitores ocasionais.