Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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LIGA DA JUSTIÇA # 73

26 agosto 2009


Autores: Reino do Amanhã - Geoff Johns (texto), Alex Ross (texto e arte pintada), Dale Eaglesham (desenhos), Ruy José, Drew Geraci (arte-final) e John Kalisz (cores).

O círculo - Gail Simone (texto), Terry Dodson (desenhos), Rachel Dodson (arte-final), Lee Loughridge e Alex Sinclair (cores);

Os tornados-gêmeos - Mark Waid (texto), Freddie E. Williams II (arte), Tanya Horie e Richard Horie (cores);

Vida acelerada - Mark Waid, John Rogers (texto), Doug Braithwaite (arte) e Alex Sinclair (cores);

Sem Limites - Dwayne McDuffie (texto), Ed Benes (desenhos), Victor Llamas (arte-final) e Pete Pantazis (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2008

Sinopse: Reino do Amanhã - Um Superman de uma Terra paralela, chamada Terra-22, acena com um futuro sombrio para a Sociedade da Justiça.

O círculo - A Mulher-Maravilha recomeça sua vida cercada de gorilas. E mais: Hipólita esconde um segredo de Diana.

Os tornados-gêmeos - Depois de ajudar Flash e os gêmeos, a Liga da Justiça cobra mais responsabilidade do pai mais rápido do mundo.

Vida acelerada - O jovem Joel Ciclone encontra uma raça de alienígenas.

Sem Limites - Lex Luthor usa até tortura para atrair Superman para o esconderijo da Liga da Injustiça.

Positivo/Negativo: É verdade que SJA, Flash e Mulher-Maravilha têm lá suas atrações, mas o grande destaque de Liga da Justiça tem sido mesmo o carro-chefe da revista.

O primeiro arco de Dwayne McDuffie na revista vem apresentando um roteiro simples, que evoca antigos temas do velho desenho animado Superamigos, como a luta entre super-heróis e supervilões - sem intermediários.

A diferença é que, nesta série, o roteirista adiciona uma dose extra de violência - física, sim, mas principalmente psicológica. O resultado é empolgante, não só pela trama, mas pela boa qualidade de diálogos.

Nesta edição, o brasileiro Ed Benes retorna ao título da Liga depois de fazer dupla com o escritor Brad Meltzer. Seu trabalho se destaca pela expressão dos personagens, mas também pelos painéis em que eles são mostrados por um telão.

Criado por um novo time de artistas, o arco de Mulher-Maravilha dá a impressão de querer jogar um caminhão de cal sobre a fracassada série O ataque das amazonas. Nada mais natural: foi uma época de histórias ruins de doer.

A nova fase traz de volta a bela arte do casal Dodson, mas não chega com nada de especial no roteiro. Gail Simone apenas se limita a espalhar plots para serem desenvolvidos mais adiante. E não sobra muito que impressione.

Flash tem que sobreviver sem o ótimo Daniel Acuña, artista que tem sido a maior atração da reformulação do herói. Geralmente, Freddie E. Williams II não é de se jogar fora, mas o desenhista não consegue dar o melhor de si nesta edição. Aí fica dureza - principalmente porque Mark Waid tem um surto de moralismo no meio da trama. Haja paciência.

E aí o que resta é o conto protagonizado por Joel Ciclone, com roteiro de Waid e de John Rogers (do filme, se é se pode chamá-lo assim, Mulher-Gato) e com arte do britânico Doug Braithwaite - e novamente uma HQ norte-americana é salva por um egresso da trupe da 2000 AD! O traço é encantador e carrega a aventura nas costas - e Sinclair é um colorista que valoriza grandes artistas.

Olhando para o apelo de Liga da Justiça para o (pequeno) grande público dos quadrinhos de super-heróis, o grande destaque da temporada é o arco Reino do Amanhã, da Sociedade da Justiça.

É aquilo: por mais de dez anos, a DC teve a minissérie de Mark Waid e Alex Ross como norte para o seu futuro. E agora que esse futuro chegou é natural que todos os olhos se voltem para essa aventura.

O fato é que esse capítulo inicial é competente em abrir caminhos e deixar os leitores em polvorosa, mas ainda não explora a fundo as possibilidades a ponto de dar um cenário claro a respeito da saga como um todo.

De qualquer forma, não restam dúvidas de que a revista Liga da Justiça vem melhorando mês a mês. Depois de um período sofrível, o mix voltou a ter potencial para mobilizar seus leitores.

 

Classificação:

4,0

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