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LIGA DA JUSTIÇA – THE NAIL - O PREGO # 3

1 dezembro 2005


Título: LIGA DA JUSTIÇA - THE NAIL - O PREGO # 3 (Mythos
Editora
) - Minissérie em três edições
Autores: Alan Davis (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Fevereiro de 2003

Sinopse: O presidente dos Estados Unidos é morto num atentado à Casa Branca que incrimina a Mulher-Maravilha. Em resposta, Lex Luthor envia seus Libertadores, criados pelo Professor Hamilton e pelo Dr. Magnus.

Mas o que todos pensavam serem super-robôs na verdade eram clones bizarros de uma matriz alienígena.

À beira do fim, alguns heróis ainda encontram esperança para uma investida final. No entanto, quando o verdadeiro responsável por esta crise revela sua natureza, só um milagre pode salvar a Terra. E mesmo que este milagre aconteça, o que pode vir depois?

Positivo/Negativo: As páginas iniciais desta edição, com a reunião dos heróis místicos da DC, deixa de ser um elemento interessante para se apoiar somente em clichês. Os mesmos personagens repetindo que não podem interferir nos assuntos mortais e a revolta humana do Desafiador não exploram a riqueza que este grupo tem para o universo da editora.

Caminhando para o final, Alan Davis se perde um pouco na condução do ritmo da história, equilibrando com dificuldade as cenas de ação, o desfecho do enredo e o tom certo de cada passagem.

Os momentos em que a Mulher-Gavião e Batman decidem voltar ao combate são mostrados de uma maneira sentimental demais, inclusive o compromisso entre Bruce Wayne e Selina Kyle.

O resultado é que o aparecimento de Kal-El e seu confronto final com um Jimmy Olsen dominado por uma versão do Erradicador são um tanto repentinos.

Muito fica por dizer a respeito do conflito de Kal com sua educação amish, já que esta comunidade religiosa é retratada de maneira quase caricata.

Mesmo assim, Davis acerta no final com uma frase de Jimmy Olsen que pode resumir tudo que deveria acontecer numa outra realidade: "Nós devíamos ter sido amigos."

Com o tom apropriado, esta frase fecha uma das mais inventivas histórias da Liga da Justiça, que serve para engrandecer o mito do Superman como referência de heroísmo para todo Universo DC.

Realçando a concepção de John Byrne para o Homem de Aço, que valoriza mais o "homem" que o "super", Davis pôde, enfim, restabelecer os poderes do herói, reduzidos em sua reformulação pós-Crise.

Assim, o personagem se consolida como o mais poderoso herói da DC, mas sem perder sua humanidade e seu maior poder: a ética herdada dos Kent.

Em 2005, a Mythos lançou uma versão encadernada da minissérie que é mais fácil de ser encontrada. Vale a pena conferir.

 

Classificação:

4,0

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