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MÁGICO VENTO # 20

1 dezembro 2011

MÁGICO VENTO # 20

Editora: (Mythos) - Revista mensal

Autores: Gianfranco Manfredi (roteiro) e Corrado Roi (arte). Publicado originalmente em Magico Vento # 20.

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Fevereiro de 2004

 

Sinopse

O manicômio - Mágico Vento e Poe vão a uma manicômio e descobrem que os delírios de uma louca podem conter a verdade.

Positivo/Negativo

O fumetto escrito por Gianfranco Manfredi não é mais uma história de western da editora italiana Bonelli. O que o leitor encontra nessas páginas não é uma variação indígena de Tex acompanhada do sósia do escritor norte-americano Edgar Allan Poe.

Mágico Vento não foge das características realistas, tanto no traço, quanto nas atitudes dos personagens, que são típicas das histórias da editora italiana, mas leva a outro patamar esse compromisso com a realidade.

Para o cenário e acontecimentos, Manfredi pesquisa profundamente a história da conquista do Oeste norte-americano. Para as tramas, além de usar as lacunas históricas, traz as lendas, tradições e rituais dos índios norte-americanos.

Para contar uma aventura de terror, que não deve nada para o saudoso Dylan Dog, Manfredi une um fato histórico, o tratamento dado à loucura e aos insanos no final do Século 19, e a lenda indígena de Zuzeca, uma entidade relacionada às serpentes.

O trabalho de luz e sombra de Corrado Roi é preciso em fomentar o clima de terror e apreensão da trama. A decupagem dos quadros remete diretamente ao cinema de horror.

No transcorrer da trama, o leitor ainda descobre como era o tratamento dado aos doentes mentais, que estava mais para prisioneiros do que para pacientes.

Além de passar por toda essa informação, o leitor recebe uma excelente história de terror, que, mesmo dando andamento ao grande enredo da série, se sustenta muito bem individualmente.

Quanto a Mágico Vento, o personagem principal, ele é o que se espera de um herói cujo nome estampa a capa: corajoso, destemido e habilidoso. O que lhe falta de traquejo é completado por Poe, um ajudante de primeira.

A série merece ser conhecida pelos leitores que não leem western habitualmente, pois vai além do conflito entre índios e brancos. Manfredi investe em outros gêneros e os mescla com mestria nas páginas de Mágico Vento.

Classificação:

4,0

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