Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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MARVEL ACTION # 13

1 dezembro 2008


Autores: Justiceiro - Diário de Guerra - Matt Fraction (roteiro) e Ariel Olivetti (desenhos);

Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro), Marcus To e Koi Turnbull (desenhos);

Demolidor - Ed Brubaker (roteiro), Michael Lark e Stefano Gaudiano (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: Justiceiro - Diário de Guerra - Castle matou dois vilões na frente do Capitão América e terá que arcar com as conseqüências.

Pantera Negra - O Pantera ajuda a resistência do Capitão América, enquanto Tempestade tenta conversar com Reed Richards. Depois, o casal se junta ao grupo do Sentinela da Liberdade para a batalha final.

Demolidor - Matt sabe que Lilly está armando algo para prejudicá-lo, mas continua seguindo a garota para descobrir por que ela quer matá-lo.

Positivo/Negativo: Não há como o mix não desandar com duas histórias do Pantera Negra no seu pior momento.

É incrível como o envolvimento do título com a Guerra Civil começou bem e desembocou nisso. Na primeira história, o Pantera investiga os aliados do Capitão em busca de espiões e a Tempestade visita o Sr. Fantástico. A posição de Reed é controversa, verdade, mas em praticamente todos os títulos algum herói o chamou para uma conversa. Difícil imaginar onde ele arranjou tempo para continuar trabalhando.

A segunda HQ é a pior. Após um corte abrupto nas primeiras páginas, o casal real de Wakanda está participando na batalha final da Guerra Civil. Tirando a parte em que Tempestade tenta salvar os funcionários da embaixada, o resto é uma versão mal desenhada das cenas mostradas em Guerra Civil # 7.

E por falar em desenho, a primeira história tem o traço pavoroso de Koi Turnbull; e na segunda melhora bastante com Marcus To, um artista mediano, mas perto de Turnbull, qualquer um que com noção de proporção e perspectiva parece um gênio.

Em Justiceiro - Diário de Guerra, a participação de Castle na Guerra Civil se encerra rapidamente com o Capitão América o esmurrando, como foi visto na minissérie e na capa desta edição.

A única novidade, além dos excelentes desenhos de Ariel Olivetti, é o trabalho em cima do passado de Castle como recruta do exército, explicando o respeito que ele tem pelo Capitão América.

Nem o Demolidor ajuda muito desta vez. A história é basicamente a luta dele contra o Lápide e o Matador. A briga é boa e a arte Michael Lark e Stefano Gaudiano garante as cenas. O que estraga é o final, quando Matt conversa com Lilly e ela revela quem está por trás de tudo.

Brubaker cai no golpe mais sujo que um roteirista pode fazer para prender o leitor: coloca os recordatórios do Demolidor dizendo que Lilly diz um nome e ele "sente uma faca revirando em suas costas". Pelas pistas deixadas até aqui, dá para se ter uma boa idéia de quem é a pessoa. Contudo, o autor não precisava recorrer a essa pratica que não tem nada a ver com o que costuma fazer.

Classificação:

4,0

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