Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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MARVEL ACTION # 16

1 dezembro 2008


Autores: Cavaleiro da Lua - Charlie Huston (roteiro) e Mico Suayan (arte);

Demolidor - Ed Brubaker (roteiro) e Michael Lark e Stefano Gaudiano (arte);

Justiceiro - Diário de Guerra - Matt Fraction (roteiro) e Ariel Olivetti (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2008

Sinopse: Demolidor - Matt Murdock tenta ajudar Melvin Potter, o Gladiador, mas o vilão tem um novo surto e foge da prisão.

Cavaleiro da Lua - A visceral e violenta batalha final entre Meia-Noite e o Cavaleiro da Lua. E Spector recebe a visita de Tony Stark.

Justiceiro - Diário de Guerra - Bridge prepara uma armadilha suja para Frank Castle, mas não contava com a aparição de um cidadão comum muito corajoso disposto a enfrentar o vilão contratado para atrair o Justiceiro.

Positivo/Negativo: Depois de Murdock sair da cadeia e libertar o Rei, parecia não haver um rumo lógico a ser seguido na história. Nesta edição, apesar de os planos de Ed Brubaker não parecerem tão claros, ele junta peças para continuar a gigantesca história de Bendis, acrescentando seus toques pessoais.

Brubaker retoma o Gladiador, continua mexendo com o relacionamento de
Matt e Milla e, no final da história, acrescenta sua mais recente personagem,
Lily Lucca.

Com o visual fantástico de sempre, é difícil parar de acompanhar Demolidor. Aliás, desde que o personagem foi revitalizado por Bendis e agora continuado por Brubaker sempre valeu a pena ler suas aventuras.

Em compensação, as duas histórias do Cavaleiro da Lua, que concluem o arco do vilão Meia-Noite, mostram que nem todo herói é facilmente revitalizado. A nova fase até começou bem, mas esse segundo arco fracassou devido à confusão narrativa.

Interessante notar que o roteiro e o desenho são até legais. O traço, enriquecido pelas cores de Frank D'Armata, combina com a violência do personagem. E a trama tem um conceito bacana, que faria do Cavaleiro da Lua um herói diferente dos outros vigilantes urbanos da Marvel.

Contudo, o resultado final é incompreensível. Tudo por causa de uma narrativa textual e visual mal executada. Assim, depois dessas histórias, o personagem provavelmente voltará para o rol de heróis coadjuvantes da editora.

Já a nova série do Justiceiro reinsere o personagem no universo dos super-heróis da Marvel - ele estava bem isolado desde que Ennis passou a trabalhá-lo dentro do selo Max. Agora, Castle está tão interligado que a última cena da edição mostra em todas as TVs a morte do Capitão América.

A arte de Olivetti salta aos olhos. Trabalhando com poucos contornos e colocando todo o seu trunfo nas cores, ele surpreende por fazer algo diferente. Seu visual não é hiper-realista nem caricato. Ele tem um meio-termo bem representativo que, até o momento, funciona perfeitamente para a série.

Já a trama tem a "cara" de Matt Fraction. Uma pitada de ação, junto com muita emoção e um personagem ao qual o leitor acaba se apegando rapidamente, como o corajoso patrulheiro voluntário Ian, que enfrenta o Guerrilheiro na tentativa de proteger uma refém.

Classificação:

4,0

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