Autores: Parasitas - Christos N. Cage (roteiro) e Giuseppe Camuncoli (desenhos);

A Morte da Esperança - Stuart Moore (roteiro) e Mike McKone (desenhos);

Rescaldo - Keith Giffen (roteiro) e Scott Kolins (desenhos);

Proteção Fraterna - Keith Giffen (roteiro) e Andrea Divito (desenhos);

Preço: R$ 6,90

Número de Páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: Galactus e seus arautos tiveram um papel decisivo para deter a Onda de Aniquilação que ameaçava destruir todo o universo. Essas quatro histórias se passam nos momentos finais da Aniquilação e cada uma é centrada em um dos arautos.

Descubra qual o papel de Terrax, Estelar, Senhor do Fogo e, claro, do Surfista Prateado agora que a guerra aparentemente acabou.

Positivo/Negativo: Parece que a Marvel está tentando reorganizar sua mitologia cósmica. Trata-se de algo problemático para a editora, pois, de uns tempos para cá, personagens espaciais só eram trabalhados em mega-eventos, como a Triologia do Infinito de Jim Starlin.

Aniquilação foi o primeiro passo para mudar isso. Nos Estados Unidos, a história já teve continuação e abriu caminho para um novo título regular centrado em Drax, o Destruidor. Enquanto isso, no Brasil, esta Marvel Apresenta é o primeiro título nesse sentido depois que a minissérie foi publicada.

As duas primeiras histórias, mostrando o destino de Terrax e Estelar, se passam no final de Aniquilação, mas ainda antes da assinatura do armistício que encerra o evento. Já as demais, escritas por Giffen se situam após a saga e a segunda, com o Surfista Prateado, fecha um grande buraco da trama original.

Na verdade, as três primeiras aventuras basicamente situam os arautos sobreviventes e o papel que eles assumirão a partir de agora. Terrax quer ser temido de novo, Estelar está disposto a qualquer coisa para voltar a servir Galactus e o Senhor do Fogo está assassinando os soldados restantes do Aniquilador que passaram a governar alguns planetas.

No geral, são histórias normais com algo que faz valer a pena. A de Terrax tem um final surpreendente. A de Estelar é sem graça, mas o que ele se mostra disposto a fazer para servir Galactus o torna um personagem interessante para o futuro. E a do Senhor do Fogo se perde muito numa narrativa prolixa de Giffen, mas com um desenho bacana de Scott Kolins.

Mas o melhor fica com Surfista Prateado. Um dos grandes furos narrativos de Aniquilação é o papel das duas "divindades" que tinham sido aprisionadas por Galactus na Fornalha e foram soltas quando a prisão explodiu. As duas criaturas superpoderosas enfrentaram o Devorador de Mundos, o entregaram derrotado para Thanos e depois sumiram.

Giffen usa esta edição para resolver melhor a questão. Ele começa com Galactus narrando para o Surfista a história do início de tudo e do surgimento de um grupo de deuses, entre eles Égide e Tenebrus. Explica como esses seres foram corrompidos, perderam seu papel no transcorrer do tempo e foram presos por ele.

Agora que estão soltos novamente, ele manda o Surfista caçá-los. Depois da lição de história, a trama vira uma verdadeira HQ espacial, com uma poderosa e empolgante luta. Vale dizer que os desenhos de Andrea Divito estão ótimos.

Outro detalhe que merece nota é a origem da fadinha que estava no ombro de Thanos durante a minissérie e depois passa a acompanhar Cammie. Ela foi criada por uma dessas divindades primordiais e tem o papel de espalhar o caos pelo universo.

Com uma história tão ligada à Aniquilação, felizmente a edição nacional teve o cuidado de apresentar um detalhado resumo da minissérie. No entanto, mesmo com essa sinopse, esta edição não é muito recomendada para quem não acompanhou Aniquilação, por não passar a noção exata do clima da história.

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