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MARVEL BOY # 1

1 dezembro 2001

Marvel Boy #1Título: MARVEL BOY # 1 (Mythos Editora) - Mini-série em 3 edições

Autores: Grant Morrison (argumento) e J. G. Jones (arte)

Preço: R$ 5,50

Data de lançamento: Julho de 2001

Sinopse: Uma nave alienígena encontra-se com sérios problemas, atravessando de maneira descontrolada diversas realidades paralelas. Após muito esforço, os ocupantes conseguem reverter a situação, entrando em atmosfera terrestre. Então, são atacados de surpresa, e somente um deles escapa com vida, Noh-Varr, um jovem Kree.

Ele acorda preso dentro de uma bolha, captura por Midas, um oportunista milionário, dono da Fundação Midas, uma entidade de tecnologia avançada, com fins lucrativos.

O alienígena consegue escapar e destrói tudo em seu caminho, querendo vingança. Ele decide atacar o planeta, e arrasa parte de Nova York. A SHIELD envia em seu encalço três supersoldados, mas eles parecem ter pouca chance. Nada pode deter a ira do Kree.

Positivo/Negativo: Logo de inicio, fica óbvio que estamos lendo uma história de Grant Morrison. Realidades paralelas, fluxo cósmico, túnel interdimensional, enfim, temos todos aqueles elementos que este roteirista costuma inserir em suas histórias.

Há algumas homenagens interessantes, que denotam o fato de estarmos numa "realidade alternativa" do Universo Marvel. O vilão Midas utiliza uma armadura igual a vestimenta original do Homem-de-Ferro. Um dos supersoldados eleva sua pressão arterial, e vira um monstro enorme em "configuração gama", repetindo constantemente "Homem-Gama Mata! Homem-Gama Esmaga!", numa clara alusão ao Hulk. No primeiro capítulo, perto de um avião pousado no meio da rua, aparecem três membros do Quarteto Fantástico. Também há uma citação aos "Engenhos Kirby", que permitem aos Krees cruzar realidades.

Mas há uma bobeada de Morrison: na cena em que a SHIELD vai entrar ação (logo após a destruição da ONU), alguém diz: "Não temos nem os Vingadores, nem o Quarteto Fantástico pra retaliar...". Como não, se Reed Richards, Tocha Humana e Coisa aparecem no primeiro capítulo? Falta uma explicação sobre o paradeiro dos heróis.

Os desenhos de J. G. Jones têm qualidade, e combinam bem com o texto de Morrison.

A mancada da Mythos fica por conta de vários balões de fala de Plex, a entidade que orienta Noh-Varr. O texto, que deveria estar em um tom escuro, está branco, tornando a leitura um verdadeiro desafio, uma vez que o fundo balão é verde claro, com um pequeno brilho em branco!

Mesmo assim, foi um começo promissor para a mini-série, numa história muito interessante.

Classificação:

4,0

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