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MARVEL ESPECIAL # 1 - HOMEM DE FERRO - INEVITÁVEL

1 dezembro 2007


Título: MARVEL ESPECIAL # 1 - HOMEM DE FERRO - INEVITÁVEL
(Panini Comics)
- Revista trimestral

Autores: Joe Casey (roteiro) e Frazer Irving (arte).

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Janeiro de 2007

Sinopse: Tony Stark compra no mercado negro uma poderosa arma que pode conter em seu interior partes de um antigo inimigo, o Laser Vivo. Para tentar resgatar a mente de Arthur Parks desse equipamento, ele contrata um famosa psiquiatra, a Dr. Maggie Dillon, especialista em casos de super-humanos.

Enquanto isso, um novo Espião Mestre arquiteta a destruição de Stark e do Homem de Ferro com a ajuda do Fantasma, um vilão especialista em espionagem industrial.

Positivo/Negativo: Esta revista mostra por que não se faz tantas histórias abordando o lado empresário e inventor de Tony Stark: porque é muito chato.

É impressionante como tudo neste arco é contraproducente. Mas, certamente, o que acaba com qualquer narrativa, deixando o leitor cansado, é a opção de colocar as intermináveis trocas de e-mails nos recordatórios. Claro que é plenamente justificável esse formato, pois o roteirista quer passar a idéia de como Tony Stark gerencia sua vida, mas isso tira todo o clima da história, deixando-a muito arrastada.

Fora isso, essa nova versão blasè de Tony Stark seguindo a filosofia futurista, sentindo-se acima de tudo (vide as picuinhas com supervilões), é bem sem graça. Junte-se isso o pretenso conflito de personalidade do personagem por ter voltado a ter identidade secreta (algo em que só ele acha que os outros acreditam) e um vilão como o Espião Mestre, que ataca mais a vida social de Stark do que qualquer outra coisa, e tem-se uma história fraca e altamente dispensável.

Ainda mais se você estiver lendo Vingadores e acompanhando o desenrolar da Guerra Civil, em que se vê um Tony Stark que nada tem a ver com o desta edição.

Infelizmente, essa tentativa de reformular o herói em Homem de Ferro - Extremis foi pouco funcional, como se nota nesta história que busca continuar os princípios estabelecidos na minissérie.

A arte de Frazer Irving até dá um certo charme para a revista. Com um traço extremamente simplificado e um ótimo trabalho de cores, o desenho é perfeito para as cenas das festas da alta sociedade.

Irving até conseguiu dar um visual interessante para a armadura, garantindo que as poucas cenas de ação ficassem boas. Contudo, nem um arte experimental como essa pode salvar a revista.

Fuja dessa primeira edição de Marvel Especial, pois a leitura passa tão bem o ambiente corporativo que o leitor chega cansado ao final, como se tivesse trabalhado um dia todo.

Classificação:

4,0

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