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MARVEL MILLENNIUM ANUAL # 1

1 dezembro 2007


Título: MARVEL MILLENNIUM ANUAL # 1 (Panini
Comics
) - Edição especial

Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mark Brooks (desenhos);

X-Men - Brian K. Vaughan (roteiro) e Tom Raney (desenhos);

Supremos - Mark Millar (roteiro) e Steve Dillon (desenhos);

Quarteto Fantástico - Mark Millar (roteiro) e Jae Lee (desenhos).

Preço: R$ 16,90

Número de páginas: 160

Data de lançamento: Novembro de 2006

Sinopse: Homem-Aranha - Desde que rompeu seu namoro com Mary Jane, a vida de Peter Parker não foi mais a mesma. Agora, porém, a vaga da ruiva está prestes a ser ocupada por uma inusitada pretendente.

X-Men - Vampira e Gambit vão à capital do jogo, mas têm pela frente um inimigo.

Quarteto Fantástico - Reed e sua equipe estão prestes a conhecer os seres mais surpreendentes do mundo... os Inumanos.

Supremos - Longe dos holofotes, Nick Fury prepara uma nova geração de supersoldados.

Positivo/Negativo: Apesar de ter toda cara de edição especial, esta revista pode ser lida como uma versão "vitaminada" da Marvel Millennium mensal. A única diferença é o número páginas, pois as histórias não têm nada de tão diferente.

Homem-Aranha vive uma aventura bem típica, com os diálogos relutantes, a timidez do personagem e seus problemas adolescentes. O diferencial é a inserção de uma personagem bem improvável como o novo "casinho" de Peter: Kitty Pryde.

Isso causa um estranhamento nos leitores mais puristas, mas todos sabem que o romance não irá pra frente, uma vez que Peter e Mary Jane sempre serão um casal perfeito. O fato, porém, é que a história funciona bem.

Bendis buscou justificar a formação do casal, mostrando as semelhanças entre eles, criando uma boa interação, fazendo o leitor gostar de ver os dois juntos e torcer para dar certo. É uma história boba adolescente? Sim, mas quem disse que tudo precisa ser sério?

A escolha do desenhista também foi feliz. O traço de Mark Brooks mescla a influência do mangá com o conservadorismo do estilo americano. Com certeza, não é um artista para um título regular com pretensões sérias, mas, para contar um romancezinho de super-heróis, funciona.

Quarteto Fantástico mostra a versão Millennium dos Inumanos. A história pouco inova, mas Jae Lee deu um visual bacana para os personagens. Na verdade, é a arte que salva a trama. A história em si é bem básica, só a apresentação dos personagens, nada mais.

Brian K. Vaughan apresentou um trabalho mais interessante nesta HQ de X-Men do que vem fazendo na revista mensal. A idéia de Gambit e Vampira serem uma dupla de ladrões, mas ainda atuando a favor da causa mutante é boa; e a conclusão é intensa.

O único problema é o Fanático, que ficou meio confuso. Não se esclareceu se ele é irmão de Xavier - parece que não. Seus poderes eram mutantes, mas agora estão ligados ao Rubi de Cyttorak. Em compensação, colocá-lo apaixonado por Vampira foi um conceito que funcionou.

Fechando a edição, uma história que não é exatamente dos Supremos, mas sim de Nick Fury. E a trama foca muito em algo há muito sabido: que Fury é um sacana de primeira linha.

O lance de se ter vários supersoldados reservas ainda é meio estranho, pois tira o foco dos membros fundadores e desvirtua um pouco a equipe. É difícil saber como serão as aventuras após os eventos da série mensal, mas centrar as tramas em Fury e precisar mostrar tantos personagens até funciona numa edição especial, mas, a longo prazo, pode ficar complicado.

O desenho de Steve Dillon dá uma derrubada na história. Apesar de ele estar associado a personagens desonestos, mesquinhos e cruéis, seu traço tem pouco movimento. Talvez pelo seu modo de desenhar rostos e closes.

Classificação:

4,0

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