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MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 37

1 dezembro 2005


Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 37 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (roteiro) e
Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Brian Michael Bendis (roteiro) e David Finch (desenhos);

O Sexteto - Brian Michael Bendis (roteiro) e Trevor Hairsine (desenhos);

Quarteto Fantástico - Brian Michael Bendis, Mark Millar (roteiro)
e Adam Kubert (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2005

Sinopse: Homem-Aranha - Enquanto Elektra e a Gata Negra
se atracam numa briga eletrizante, Peter decide quais das duas vai ajudar.

X-Men - Uma conspiração contra os mutantes se fortalece no gabinete
do Presidente dos Estados Unidos.

O Sexteto - Os vilões encaram os Supremos no gramado da Casa Branca.

Quarteto Fantástico - A estréia da versão Ultimate da família
mais famosa da Marvel.

Positivo/Negativo: Em duas histórias, o Homem-Aranha precisa escolher
um lado. Realmente, Bendis gosta de encurralar o jovem herói. Na primeira,
a verborragia do escritor caiu muito bem, retratando os sempre tumultuados
pensamentos de Peter; já em O Sexteto ele deixa as palavras de
lado e enche as páginas de luta do começo ao fim.

Desde de o início da linha Ultimate, o autor tem trabalhado muito
bem o lado do Aranha que "sempre apanha", caracterizando bem a formação
do herói. Colocá-lo com profissionais como os Supremos tem dado um bom
resultado.

Quanto aos desenhos, Bagley continua eficiente, mas Trevor Hairsine faz
uma arte que destoa um pouco da revista, por ser mais tumultuada e um
tanto "suja".

X-Men tem tomado cada vez mais o veio político que cabem às questões
raciais. Os novos personagens devem gerar histórias interessantes daqui
para frente. Vale destacar o trabalho do desenhista ao retratar o presidente
Bush, nunca mostrando diretamente seu rosto, mas deixando claro de quem
se trata.

A grande novidade da revista é o Quarteto Fantástico, que teve
uma excelente edição de estréia. O destaque não vai para a maravilhosa
dupla de roteiristas (ainda é cedo para falar sobre a trama, que teve
um começo promissor, mas não se sabe se vai durar), mas sim para o ótimo
Adam Kubert.

Ele tem um desenho limpo, agradável e bem trabalhado. Alguém pode dizer
que isso é basicamente a técnica, o que muitos desenhistas possuem. Mas
ele vai além, fazendo um design de página que "conversa" com a
história, acrescentando algo mais.

Na primeira parte, enquanto Reed ainda vive num mundo limitado, onde não
lhe dão valor, a narrativa fica oprimida pelas margens laterais negras,
características das capas da linha Ultimate. Quando ele é levado
ao edifício Baxter, porém, sua vida e a história se abrem, querendo ir
além da página.

Além disso, a solidão do personagem está muito bem representada nas cenas
em que não aparecem os cenários, como nas páginas 80 e 90. Isso tudo faz
da arte desta revista algo a ser admirado.

Contrariando o espírito do título, de se fazer arte até com as bordas
das páginas, a Panini continua a entupir as margens com comerciais,
o que ofende o leitor e tira a harmonia da obra do autor.

Classificação:

4,0

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