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MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 63

1 dezembro 2007


Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 63 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Tom Raney (desenhos);

Quarteto Fantástico - Mark Millar (roteiro) e Greg Land (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2007

Sinopse: Homem-Aranha - Homem-Aranha, Abutre e Silver Sable: nem mesmo a S.H.I.E.L.D. quer se meter no rolo que esse bando vai armar.

X-Men - Nenhuma noite é tranqüila quando se é um jovem mutante vivendo sob o teto de Charles Xavier.

Quarteto Fantástico - Reed volta no tempo para impedir o evento que criou o Quarteto Fantástico, mas isso pode trazer conseqüências inesperadas.

Positivo/Negativo: Se você pegar ao acaso uma edição da versão Millennium do Homem-Aranha terá um ritmo empolgante, lutas na medida certa, um pouco de drama adolescente, boas piadas e a versão do vilão do mês. Esta não é diferente. Então, se estiver ciente da proposta leve, divertida e despretensiosa do título, vai gostar; mas se está esperando algo novo... bom essa época já foi.

Ainda assim, Bendis leva o seu "arroz com feijão" de forma elegante, sempre dando uma polida nos conceitos antes de reapresentá-los. Por exemplo, o final desta edição com os X-men rindo do filme sobre o Aranha sintetiza bem o personagem: ele é o palhaço do universo Ultimate.

Não por ser engraçado, mas por ser o único herói em um universo cínico. Enquanto ele se ferra para salvar um empresário de supervilões, Sable está faturando como mercenária, Fury está se aproveitando de toda e qualquer situação para consolidar seu controle sobre os super-humanos e Flash Thompson continua o centro das atenções no colégio.

X-Men segue a mesma linha: é divertida, mas sem nada de mais. Kirkman trabalha com diversas tramas ao mesmo tempo, todas interessantes e bem conduzidas individualmente. Contudo, falta uma conexão entre elas. A única forma de olhar essas histórias como um conjunto é vendo este arco como um prefácio para uma meia dúzia de aventuras que serão desenroladas mais à frente.

Tom Raney também não ajuda. Ele é o típico desenhista que será sempre chamado para tapar buracos. Tem uma arte bem feita, tradicional, que funciona em quase todo tipo de história, mas falta charme, estilo e aquele diferencial que marca um artista a ponto de o leitor pegar a revista e saber imediatamente de quem é o traço.

Um bom exemplo disso é Greg Land, Quarteto Fantástico. Ele não é revolucionário, provavelmente está muito longe de ser um dos desenhistas mais representativos da sua geração, mas desenvolveu um estilo próprio, bem marcado e que dá um diferencial para todas as histórias que faz.

Land não é daqueles artistas que podem ficar 40 ou 100 edições num mesmo título, como Bagley ou John Romita Jr., pois a longo prazo se torna cansativo, mas, por alguns arcos, sempre consegue elevar a qualidade.

A história do Quarteto se destaca do resto da revista, com uma trama bem intrigante que, inicialmente, dá um nó na cabeça do leitor, a ponto de se ter que voltar e reler algumas páginas, mas termina de forma promissora.

Tanto no Universo Millennium como no tradicional, Reed sempre se torturou por não conseguir reverter a situação de Bem. E voltar no tempo parece ser uma solução relativamente simples, principalmente quando seu melhor amigo chora todas as noites e pensa nas piores formas de suicídio.

É interessante como Millar deixa vários detalhes no ar, pontas aparentemente soltas, mas que certamente vão se amarrar mais para frente, quando ele explicar como Thor virou presidente e passou a distribuir poderes para todos.

Classificação:

4,0

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