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MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 72

1 dezembro 2008


Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Yanick Pasquette (desenhos);

Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro) e Pasqual Ferry (desenhos);

Visão Millennium - Mike Carey (roteiro) e Brandom Peterson (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2007

Sinopse: Homem-Aranha - Peter e seus clones se encontram com o Dr. Octopus, que alega estar por trás de toda essa situação. Ele foi contratado por uma agência do governo para criar uma salvaguarda contra Fury e seu exército. E os clones de Peter seriam o início de um novo programa de super-soldados.

X-Men - O grupo está prestes a atacar a base de Cable, mas ele está mais preparado do que se imaginava.

Quarteto Fantástico - Sue e Reed tentarão salvar a vida do Hipercubo enquanto Ben e a Apanhadora de Sonhos providenciam um modo de fugir do planeta onde eles estão.

Visão Millennium - Depois de ajudar os humanos a expulsar Gah Lak Tus, o andróide pretende sair da Terra e viajar para outros mundos levando uma mensagem de esperança. Contudo, quando está partindo, algo chama a sua atenção.

Positivo/Negativo: Finalmente, a Saga do Clone de Bendis tem uma edição digna de nota. Ainda tem muito da palhaçada que marcou a história original, na qual todas as reviravoltas graves ora eram verdade, ora mentira. É o caso do pai de Peter, que nunca deixou de estar morto e era, na verdade, um clone.

Isso gera um primeiro possível furo na trama, já que a Tia May o recebeu com muita naturalidade na sua casa, como se soubesse que ele estava vivo. Claro que isso pode ser resolvido facilmente se for revelado que até a velhinha é um clone de Peter... Espera-se que o roteirista não chegue a esse ponto.

Mas a verdade é que se mostra um ótimo momento no conflito entre Peter e o Dr. Octopus. O primeiro fato marcante é que Fury, finalmente, se viu em uma situação ruim, com pessoas armando contra ele um plano que jamais imaginou.

Outro ponto alto é a proposta do Homem-Aranha de se entregar, junto com os clones, se Fury o deixasse fazer o que quisesse com Octopus.

Algo que ficou sem propósito foi a nova informação de que o Dr. Octopus não tem tentáculos, mas controla os metais. Oras, com tanto poder à disposição, é difícil entender por que ele se limitou a lutar da forma vista até então.

X-Men tem uma edição parada. O grande confronto entre a equipe de Xavier e a de Cable começa aqui, mas na hora que esquenta é interrompido pelo momento "novela mexicana", quase uma tradição no grupo de mutantes.

A grande revelação da vez que, provavelmente será varrida para baixo do tapete de uma forma ou outra, é o Professor Xavier berrando para Ciclope que está apaixonado por Jean Grey.

É o famoso jogo de fetiches que faz parte dos super-heróis das grandes editoras. Os leitores vibram com esses conflitos. Grey sempre esteve na ponta de um triângulo amoroso com Wolverine e Ciclope. Agora, a entrada da figura quase paterna como mais um dos apaixonados pela garota é mais do que fetichista.

Ao menos o desenho é muito bom. Mantém a leveza visual que Ben Oliver vinha trazendo para a revista e funciona tanto nas cenas de ação como nas revelações dramáticas.

Quarteto Fantástico continua complicado. Até agora não ficou claro onde os personagens estão, qual a situação do lugar, que planetas diferentes são os mostrados e outras coisas básicas, como o que afinal está acontecendo nesta história.

Para piorar, apareceu uma nova versão do Thanos que é um espírito que vai possuindo corpos e é praticamente um líder religioso.

A arte de Pascual Ferry é muito boa, mas, em uma trama tão enrolada que só piora, fica difícil tornar a revista uma leitura agradável.

Completando o mix, a edição nacional estreou a minissérie Visão Millennium, uma espécie de spin of de Pesadelo Supremo, contando a história da nova versão do Visão, agora ligado diretamente com Gah Lak Tus, o descriador.

Algo notável é o fato de que a aventura é escrita por Mike Carey e é possível entendê-la! Diferentemente de suas tramas complexas em Quarteto Fantástico Millennium ou X-Men, ele mostra que pode ser um bom narrador e criar uma trama inteligente, que prende o leitor sem se apoiar apenas em uma confusão mental que o leva até a última história na tentativa de descobrir o que foi falado desde o começo.

A idéia básica da história parte de uma boa deixa de Pesadelo Supremo. Se Gah Lak Tus é uma colônia de naves, o que impediria alguém de capturar pelo menos uma delas? Vale dizer que, o autor está aproveitando essa minissérie para inserir no Universo Ultimate um famoso grupo de vilões: a I.M.A. (Idéias Mecânicas Avançadas).

Junte-se isso a um desenho bem feito e com uma boa narrativa visual e tem-se uma minissérie que vale a pena acompanhar.

Classificação:

4,0

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