Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 76

1 dezembro 2008


Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Ben Oliver (arte);

Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro), Scott Kolins e Mark Brooks (arte);

Visão Millennium - Mike Carey (roteiro) e Brandon Peterson (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2008

Sinopse: Homem-Aranha - Uma nova aluna entra para a turma de Peter e Mary Jane: Kitty Pride. Enquanto isso, um grupo de heróis urbanos trama a queda do Rei.

X-Men - Na prisão onde a S.H.I.E.L.D. acredita conter Magneto, Mística é substituída pelo Mestre Mental. Ao mesmo tempo, a Escola de Xavier tenta manter sua rotina sem seu fundador e os X-Men. E mais: um grande segredo mantido por Fury e Xavier.

Quarteto Fantástico - O Quarteto volta no tempo para enfrentar Diablo, sem saber que fazem parte do plano dele para libertá-lo.

Visão Millennium - Visão e Falcão fazem de tudo para derrotar a nave de Gah Lak Tus ativada pelo insano Tarleton.

Positivo/Negativo: Depois de recontar a sofrível Saga do Clone, Bendis parece reencontrar seu caminho em Homem-Aranha ao construir uma trama que pega Peter tanto pela sua identidade civil (com o triângulo amoroso entre ele, Mary Jane e Kitty), como pelo lado super-herói, com o complô contra o Rei do Crime.

Um momento interessante é quando os heróis revelam o plano de matar Fisk e Peter ameaça entregá-los para Nick Fury. É muito bom para observar essa posição do Homem-Aranha no Universo Ultimate.

O lado heróico dele é tão forte, que chega a ser quase ingênuo. O Aranha quer que algo seja feito com o Rei, mas não aceita que alguém tenha um plano para matar o vilão. A ponto de pensar em entregar o grupo para um dos maiores canalhas do Ultiverso, Fury.

X-Men sofre um pouco com a pretensão de Kirkman. Ele provavelmente criou uma trama grande demais, dividida em várias frentes narrativas, a ponto de contar um pouco de cada plot por edição.

Imagine o seguinte: ele está juntando em apenas uma revista mensal idéias que, no universo tradicional, são tratadas em quatro a cinco títulos distintos.

Então, há uma porção de idéias bacanas, todas engasgando e andando aos solavancos a cada número. Mesmo momentos chocantes, como a morte de Sinistro e a revelação de que o Fera está vivo e, de certa forma, prisioneiro da S.H.I.E.L.D. e do Professor Xavier, pesquisando a cura do vírus Legado, não dão aquele "gás".

São dezenas de boas idéias que certamente vão gerar um quadro final interessante, mas contadas sem ritmo algum.

Ao menos os desenhos de Ben Oliver garantem um visual bacana. O mesmo não pode ser dito de Quarteto Fantástico. Mark Brooks predomina na arte desta edição com cenas do passado. Ele, que tinha um desenho mais simplificado, com várias características tiradas dos mangás, tem americanizado muito o traço, perdendo a identidade.

No roteiro, Mike Carey continua irregular. Ora conta tramas enroladas e incompreensíveis do começo ao fim, como o arco anterior; ora faz histórias lineares mas quase sem graça. É muito "mais do mesmo", como toda a minissérie Visão Millennium.

Aliás, a conclusão aqui mostrada provou ser exatamente o que parecia: um refugo da série Pesadelo Supremo. Bem no estilo de cutucar um pouquinho mais de tudo que foi ventilado na minissérie. Não é nem uma questão de amarrar pontas soltas, mas de prolongar desnecessariamente algo que não merece isso.

Classificação:

4,0

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