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MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 78

1 dezembro 2008


Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Pascal Alixe (arte);

Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro) e Pasqual Ferry (arte);

Confronto Supremo - Brian Michael Bendis (roteiro) e Greg Land (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2008

Sinopse: Homem-Aranha - O Homem-Aranha está nas mãos de Wilson Fisk, que explica como vai transformar a vida do herói um inferno. O Demolidor descobre que o Cabeça-de-teia foi capturado e, com a ajuda do Dr. Estranho, tenta desvendar o que aconteceu.

Mais tarde, quando o Demolidor reúne o grupo, Peter ataca todos acusando o protetor da Cozinha do Inferno de traidor.

X-Men - Scott, Jean, Bobby e Vampira vão até os esgotos resgatar Groxo dos Morlocks e descobrem que Noturno também pode estar em perigo.

Quarteto Fantástico - Depois da viagem no tempo, o grupo está em quarentena. Enquanto isso, Reed prossegue seus experimentos sobre a idéia que Thanos implantou na sua cabeça, mas, quando tenta pegar a energia de uma estrela, acaba trazendo outra coisa.

Confronto Supremo - Um supergrupo apareceu no edifício Baxter e começou a destruir tudo. Agora, todos os heróis do universo Ultimate se reúnem para derrotá-los.

Positivo/Negativo: Talvez os fãs do Homem-Aranha tenham algo de masoquista, de gostar de ver o personagem sofrer. Esta edição é um forte indício disso. Após algum tempo de histórias medianas, quando pinta uma excelente é justamente com o herói na pior situação possível.

No universo original da Marvel, Wilson Fisk já fez diversos ataques ao Aranha, mas nenhum foi tão desmoralizante e poderoso quanto o desta edição. Aqui, ele amarra o herói numa cadeira e após uma bela surra, explica que não sabe exatamente quem Peter é.

Diz ainda que não vai matá-lo porque as empresas Fisk são donas dos direitos do Homem-Aranha. Então, cada aparição que ele faz, cada roubo que impede, o Rei fatura vendendo bonecos, figurinhas, fazendo filmes etc.

Por isso, ele liberta Peter e, de agora em diante, quer que ele continue sendo o Homem-Aranha, sem interferir nos negócios do Rei do Crime, para que eles continuem a ser lucrativos.

Além disso, Fisk ameaça: se Peter parar de ser o Homem-Aranha, se tentar avisar a S.H.I.E.L.D. ou fazer qualquer coisa, o Rei vai explodir a escola em que o jovem estuda, vai seguir o garoto até a sua casa e matar a família dele.

Ou seja, o Homem-Aranha fica na chamada "sinuca de bico", pois se uniu com o grupo montado com o Demolidor e, no meio dessas ameaças, inclusive ouviu que Murdock trabalha para o Rei. Por isso, acredita que ele o traiu.

No geral, é uma edição tensa, daquelas que faz o leitor pensar: o quanto mais Peter pode agüentar sem surtar e sair por aí matando todo mundo? É difícil prever como Bendis vai tirar o personagem dessa situação. Só se ele estiver arquitetando uma "queda do Rei do Crime", o que seria muito interessante.

X-Men chega a dar dó. No começo, a pretensão de Kirkman foi maior que a quantidade de páginas da revista. Agora que ele está contando uma história por vez, está "amarrado" com um desenhista fraco.

O resultado desta edição era previsível. Afinal, quando Noturno encontrou os Morlocks e foi apresentado ao líder do grupo, um sujeito paranóico sempre preparado para uma guerra, estava na cara que Kurt seria o novo comandante do bando.

Em Quarteto Fantástico, Mike Carey está nos roteiros do novo arco, o que não é muito promissor, já que o trabalho dele até aqui tem deixado a desejar.

Novamente, o problema começa quando um experimento de Reed dá errado. Dessa vez, ele tentou "engarrafar uma estrela" e capturou um objeto prateado no formato de uma prancha. Não dá para ter certeza, mas parece que, da mesma forma que fez em Visão Ultimate, Carey vai tentar reaproveitar um conceito da série Pesadelo Supremo. resta ver se, agora, dará certo.

Ao menos o desenho é interessante. O colorista que está acompanhando Pasqual Ferry trabalhou com a luminosidade adequada e fez uma boa composição visual.

A minissérie Confronto Supremo passa a edição toda num grandioso combate que reúne todos os heróis do universo Ultimate contra o Esquadrão Supremo.

A luta é até bacana. Greg Land consegue surpreender dando dinâmica em algumas cenas, algo raro em seu trabalho tão estático. Mas o desenho ainda tem características irritantes, como colocar garotas em poses sensuais no meio das lutas e sua mania de retratar as pessoas com a boca aberta.

O motivo da briga com o Esquadrão só é revelado na última cena e, apesar de o leitor saber que está relacionado ao experimento de Reed, é uma surpresa descobrir que ele destruiu o planeta Terra da realidade do Esquadrão Supremo.

Na verdade, quem não vai se surpreender são aqueles leitores que também acompanham Marvel Max. Na edição # 57, o editor Paulo França revelou o final desta história na seção de cartas da revista. Sem aviso algum, para divulgar a revista, ele simplesmente escreveu que Reed destruiu o mundo do Esquadrão Supremo, matando o suspense de duas edições da minissérie.

Classificação:

4,0

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