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MAX STEEL # 10

1 dezembro 2012

MAX STEEL # 10

Editora: Deomar - Revista mensal

Autores: Ares Hostis - Estúdio Nicks (textos, arte e projeto gráfico);

Isca viva - Estúdio Nicks (textos, arte e projeto gráfico).

Preço: R$ 3,90

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Setembro de 2012

 

Sinopse

Max Steel é atacado em pleno voo por androides assassinos.

Na segunda aventura, à procura de parceiros desaparecidos, Max Steel se depara com um de seus maiores inimigos em plena selva.

Positivo/Negativo

Além da Turma da Mônica, as revistas de passatempos e histórias curtas, que em sua maioria aproveitam o sucesso dos desenhos animados, são os principais alvos dos pequenos leitores que ainda engatinham na leitura de quadrinhos. E, pelo bem das novas gerações, vale observar o que esses títulos podem oferecer para as crianças. Ainda mais quando se é pai.

Um dos maiores sucessos da televisão é Max Steel, uma espécie de Falcon da nova geração. O boneco de ação, que vende como água no deserto, ganhou um gibi no Brasil. A revista, direcionada para crianças, mas não traz nenhuma indicação de faixa etária.

A narrativa é tão veloz quanto os desenhos animados. Na verdade, um pouco mais, já que são as mesmas histórias da TV reproduzidas em pouco mais de dez páginas. São as "novas aventuras radicais" que a capa anuncia. Os cortes, em alguns momentos, comprometem a narrativa, mas nada que o leitor de três ou quatro anos de idade perceba.

O projeto gráfico segue o mesmo padrão do desenho animado. A narrativa é feita sob medida para o público a que destina: pouco texto, muitas cores e uma diagramação que facilita a leitura para quem ainda mal sabe juntar as palavras. Definitivamente, não é uma para adultos.

Embora não tenham que obrigatoriamente ser uma extensão da sala de aula, é fato que as revistas em quadrinhos ajudam a criança a criar o hábito e o gosto pela leitura. Se isso já é público e notório, as edições feitas especialmente para crianças deveriam se cercar de mais cuidados. Max Steel derrapa em alguns pontos, como na escolha da tipografia e no uso equivocado de algumas onomatopeias.

Os "passatempos irados", localizados entre as duas histórias, não comprometem. Mas a edição peca no tratamento das imagens. Em alguns quadros, os desenhos não estão nítidos, e em outros perdem resolução. Essa inconstância deixa a leitura cansativa, mesmo que em meras 13 ou 14 páginas.

O roteiro acaba tendo pouca importância. Crianças mais velhas (e exigentes), no entanto, possivelmente rejeitariam o argumento, em comparação ao desenho da TV. Na primeira história, Max Steel está no céu, em um avião, e após ser atacado por robôs assassinos se salva com um esqui (ou skate?) voador. Com ajuda do equipamento, derruba os androides em pleno voo.

Na segunda aventura, o herói cai em uma armadilha. Um dos seus maiores inimigos tenta vencê-lo se transformando em uma cobra gigante. A diagramação e a narrativa picotada prejudicam a leitura, mas Max Steel salva o dia.

Max Steel cumpre o papel de entretenimento útil. Poderia auxiliar mais a leitura dos pequenos se os autores atentassem para a importância de revistas em quadrinhos para crianças, inclusive as que ainda não sabem ler, mas buscam no seu herói predileto o incentivo necessário para começar.

 

Classificação:

4,0

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