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MOSH! # 8

1 dezembro 2006


Título: MOSH! # 8 (Gibiteca Editora) - Revista bimestral
Autores: Sempre as mesmas pessoas - Vinicius Mitchell (desenhos e roteiro);

Você precisa - Mortimer Só (roteiro) e Hannah 23 (desenhos);

Menina Infinito - Fabio Lyra (desenhos e roteiro);

O menino e o instrumento - Kênio Klamber (roteiro) e Allan Rabello (desenhos);

Super Rock Ghost: Abra Cadáver - Fábio Monstro (roteiro e desenhos);

"No prescription to me..." - A autoria não está creditada;

Meu amigo Jegue: a Biografia não-autorizada - Iuri (roteiro e desenhos);

De Coração - Danilo (roteiro e desenhos);

Rose - Leonardo Finocchi.

Preço: R$ 3,00

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Julho de 2005

Sinopse: Diversas histórias cujo tema principal é o rock.

Positivo/Negativo: A revista de quadrinhos e rock Mosh! é inovadora e muito interessante.

O primeiro ponto de destaque é o formato de bolso, que permite mais histórias por um preço mais acessível, além de chamar a atenção do leitor nas gibiterias, em que é distribuída. Além disso, tem um acabamento gráfico de qualidade, com algumas páginas coloridas em papel couché e outras em preto-e-branco, em off-set.

Contudo, o mais interessante da revista são as HQs. Tramas curtas e inteligentes, sempre com a temática do rock and roll, nas quais os autores não se preocupam em criar arte de vanguarda, mas apenas contar boas histórias. E são bem-sucedidos!

A revista começa o experimentalismo já no editorial, que é uma HQ curta, de uma página. A seguir, vem a melhor da edição: Sempre as mesmas pessoas, que aborda relacionamentos de jovens, tendo como pano de fundo MSN, Orkut, Blogs, atualíssima, bem executada e, em nenhum momento, forçada.

Os elementos do cotidiano da Internet ajudam o leitor jovem (público consumidor da revista) a se identificar com a trama. Os desenhos são caricaturais e simpáticos. Único ponto negativo é que a autoria está quase indecifrável.

A estranha Você precisa é a seguinte, com apenas três páginas. Os desenhos são bastante estilizados e não é propriamente uma HQ, pois há quase ausência de diálogos.

Menina Infinito é outra ótima história do cotidiano jovem rockeiro. Novamente, os elementos do cotidiano facilitam a identificação do leitor com a trama. Assim, é possível sentir as emoções das personagens na pele e ainda sorrir com o final inusitado.

O menino e o instrumento não tem o impacto das anteriores, mas ainda assim se adequa à proposta da revista. O traço é bastante peculiar, mas alterna bons e maus momentos.

Super Rock Ghost: Abra Cadáver é uma HQ cômica com um fundo existencial, e com as músicas de rock desempenhado um papel. OK.

Em "No prescription to me..." acontece um grande deslize. A autoria não está identificada em nenhum lugar, a não ser pela assinatura ilegível no final. De novo, é mostrado o ambiente nerd dos computadores e Internet como pano de fundo e como um instrumento nas relações humanas contemporâneas. O desenho é bem simples, quase tosco, mas casa bem com o roteiro.

A seguir, vem a excelente Meu amigo Jegue: a Biografia não-autorizada, uma divertidíssima metáfora sobre o sucesso no showbizz; De Coração, uma HQ bem-humorada sobre batidas policiais; e Rose, com uma piadinha sobre góticos na última página.

A revista ainda traz um conto, resenhas, uma entrevista com a banda MopTop, além de uma série de ilustrações com as figuraças do mundo underground.

Mosh é uma excelente oportunidade de ver um trabalho de qualidade de autores nacionais promissores e por um preço mais que acessível.

 

Classificação:

4,0

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